Ao ser questionado sobre a derrota do PL em oito das onze cidades visitadas por Jair Bolsonaro, em que a legenda disputava o segundo turno, o presidente do Partido Liberal, Waldemar da Costa Neto revelou que só pediu ao ex-presidente Jair Bolsonaro para comparecer a cidades em que a eleição tinha problema para a legenda. A revelação foi feita durante entrevista de Costa Neto à Globonews nesta segunda-feira, 28.
“Isso é duro pra ele, porque nós só pedimos pra ele ir em lugar que tinha problema”, diz Costa Neto sobre a participação de Bolsonaro em eventos nas cidades em que o partido disputava o segundo turno das eleições municipais.
Palmas
Sobre a capital do Tocantins, Costa Neto aponta que teria surgido um problema de uma hora para outra. “Nós começamos a ver que Palmas começou a piorar de repente e pedimos pra ele (Bolsonaro) ir pra lá”.
O ex-presidente Bolsonaro fez uma verdadeira maratona nos últimos dias da eleição chegando a Palmas na sexta-feira, 25, à noite, após o último debate da eleição na cidade, realizado pela TV Anhanguera. Ele vinha de Ji-Paraná, em Rondônia, onde participou de carreata e comício às 8 da noite.
Em Palmas, no sábado, 26, pela manhã, Bolsonaro acompanhou a então candidata Janad Valcari em carreata e ainda em locais no centro de Palmas, onde fizeram “uma fezinha” numa lotérica.
Goiânia
O ex-presidente passou o domingo, 27, dia da eleição em Goiânia, onde tentou dar uma força para o candidato do PL, Fred Rodrigues, também derrotado no segundo turno. Questionado sobre Goiânia, Costa Neto disse que “o candidato saiu de última hora, foi duro para o Bolsonaro lá, porque o candidato era o Gustavo Gayer e o Bolsonaro disse que precisava dele em Brasília e ele abriu mão”.
Inelegível
Depois de apontar as desculpas pela derrota em Goiânia, a conversa com os jornalistas da Globonews, comandados por Andréa Sadi, girou para a sucessão presidencial. Costa Neto declarou que movimenta peças políticas para tentar livrar Bolsonaro da condenação que o deixa inelegível. Um dos caminhos apontados seria uma possível anistia a ser dada pelo Congresso Nacional.
Problema no Tocantins
A entrevista do presidente do PL é reveladora porque expõe a situação difícil que já passava a então candidata Janad Valcari à Prefeitura de Palmas. Embora a coordenação da campanha buscava convencer a própria militância que Janad ganharia a eleição, nas ruas a situação era diferente com muitas pessoas afirmando que votariam em Eduardo Siqueira.
Ou seja, as pesquisas feitas logo após o segundo turno já apontavam a virada de Eduardo Siqueira Campos, mas algumas tentavam demonstrar resultados semelhantes ao do primeiro turno, quando as urnas revelaram que a vitória da candidata do PL no primeiro turno com percentual acima de 50% não ocorreria.
Relacionado
Link para compartilhar: