Com foco em 2026, lideranças se articulam nos maiores centros urbanos. Palácio Araguaia monitora movimentações e partidos já testam nomes em pesquisa interna.
Por Redação – Diário Tocantinense | Publicado em 26/03/2025 às 12h10
Embora o calendário oficial das eleições de 2026 ainda não tenha início, os bastidores políticos em Tocantins já se movimentam com intensidade. Em colégios estratégicos como Palmas, Araguaína, Gurupi e Porto Nacional, partidos estão estruturando pré-candidaturas, coligações e acordos regionais de olho na disputa por cadeiras na Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e até no Senado Federal.
Nos bastidores do Palácio Araguaia, o clima é de observação cuidadosa. Lideranças do governo estadual analisam a configuração de forças políticas e avaliam os impactos da possível entrada de novos nomes no cenário eleitoral — especialmente figuras ligadas ao agronegócio, movimentos evangélicos e às redes sociais.
Pré-candidaturas em formação: renovação e tentativa de reposicionamento
Entre os nomes que devem disputar espaço nas urnas, destacam-se:
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Ex-vereadores e ex-prefeitos que ensaiam retorno à cena política;
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Deputados estaduais em busca de reeleição, como parte da base governista;
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Novos quadros, sobretudo mulheres e jovens com presença digital crescente;
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Lideranças regionais que passaram a integrar federações partidárias e movimentos políticos independentes.
Algumas pré-candidaturas já testam aceitação em pesquisas internas, especialmente em Araguaína e Gurupi, cidades que têm ganhado protagonismo político e econômico no estado.
Coligações e federações ganham força
O fim das coligações proporcionais obrigou partidos a buscarem novas estratégias. Em Tocantins, isso se traduziu no fortalecimento de federações partidárias e alianças locais informalmente costuradas, que deverão ser consolidadas até abril de 2026.
Grupos ligados ao PSD, PL, Republicanos e PTB já sinalizam movimentações para compor frentes amplas nas eleições proporcionais. No campo progressista, PT, PV e PCdoB — já federados nacionalmente — articulam estratégias para ganhar terreno no interior do estado, onde enfrentam dificuldades históricas.
Disputa por espaço nas redes sociais
Com a diminuição do tempo de TV e o crescimento da influência digital, muitos pré-candidatos investem em marketing político antecipado, com presença ativa no Instagram, TikTok e WhatsApp. A estratégia tem como objetivo construir autoridade antes da pré-campanha oficial, além de aproximar o eleitorado jovem, que terá papel decisivo em 2026.
Em Palmas, nomes ligados ao setor da educação e da saúde já operam com equipes de redes, enquanto em Gurupi, o uso de microinfluenciadores tem se tornado tática recorrente para engajamento local.
Especialista avalia cenário: “Será a eleição da articulação silenciosa”
Para o cientista político Carlos Henrique Paiva, o momento é de intensa movimentação nos bastidores, mesmo sem visibilidade pública. “Vivemos uma pré-pré-campanha. As lideranças estão se reposicionando e observando o cenário. O jogo real começa quando os apoios começam a ser declarados nos bastidores”, afirma.
Segundo ele, a eleição de 2026 terá como marca a articulação silenciosa e a influência digital, combinando estrutura partidária tradicional e estratégias de redes sociais. “Quem quiser vencer vai precisar saber costurar alianças nos bastidores e engajar no ambiente digital com autenticidade e constância”, diz.
O que esperar nos próximos meses
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Aproximação de lideranças estaduais com figuras nacionais, visando fortalecer palanques locais;
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Possíveis trocas partidárias durante a janela de filiação, com impacto direto no número de candidatos viáveis;
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Definição de nomes para compor majoritárias (governo, Senado e suplências), especialmente entre grupos aliados do atual governador;
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Crescimento de candidaturas coletivas e de movimentos populares, buscando renovar a representação no legislativo estadual.
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