Sua notícia diária em primeia mão!
domingo 18, maio, 2025
Sua notícia diária em Primeira mão!
domingo 18, maio, 2025
Desde Março de 2018

-

spot_img

Filme Feios traz um futuro distópico de cirurgias estéticas obrigatórias, mas falta profundidade no enredo. Leia a crítica completa!

Com visual deslumbrante, mas roteiro raso, Feios entrega uma crítica superficial à obsessão pela aparência e desperdiça o potencial de sua premissa distópica.

Baseado na série de livros de Scott Westerfeld, Feios (Uglies, no original) tenta transportar para as telas um mundo distópico onde, aos 16 anos, todos são submetidos a cirurgias estéticas obrigatórias para se encaixar em um padrão de beleza idealizado. A protagonista, Tally Youngblood, inicialmente ansiosa para se submeter ao procedimento e ingressar no mundo dos “Perfeitos”, descobre um lado sombrio dessa prática ao conhecer um grupo de rebeldes que questionam o sistema.

A premissa, carregada de críticas sociais e éticas sobre a valorização da estética em detrimento da individualidade, é intrigante. No entanto, ao passar das páginas para as telas, a profundidade da discussão parece se perder em um roteiro que prioriza mais o visual do que o conteúdo.

Produção e elenco: um brilho estético que não salva o enredo

Visualmente, o filme não decepciona. A direção de arte faz um bom trabalho em diferenciar o mundo dos “Feios”, caracterizado por tons neutros e urbanos, e a sociedade dos “Perfeitos”, vibrante e tecnológica. Os efeitos visuais reforçam a disparidade entre os dois mundos e ajudam a transmitir a magnitude da transformação estética.

No entanto, o brilho visual não se estende ao elenco. Apesar de esforços da protagonista (interpretada por um jovem talento promissor), as atuações são muitas vezes engessadas, prejudicadas por diálogos expositivos e um desenvolvimento raso de personagens secundários. A química entre os personagens também deixa a desejar, tornando difícil se conectar emocionalmente com a trama.

Enredo: de promissor a previsível

O maior problema de Feios é a forma como sua narrativa se desenrola. A adaptação parece querer abordar muitos tópicos — críticas à obsessão pela aparência, desigualdade social, controle estatal — mas acaba tocando cada um de maneira superficial.

A construção do mundo distópico é promissora no início, mas falta profundidade no desenrolar da história. A motivação do governo para impor a cirurgia obrigatória é pouco explorada, assim como o funcionamento da resistência, que poderia ser uma parte fascinante da trama. Quando o clímax chega, ele carece de peso emocional, e o final deixa a sensação de que muito foi prometido, mas pouco entregue.

A crítica social: um potencial não realizado

O filme tenta abordar questões contemporâneas, como a pressão por padrões estéticos inatingíveis e o impacto psicológico dessa obsessão. No entanto, a crítica social se torna diluída em meio a cenas de ação genéricas e diálogos que muitas vezes parecem subestimar a inteligência do público.

Ao contrário de obras distópicas bem-sucedidas, como Jogos Vorazes ou 1984, que conseguem equilibrar entretenimento e reflexão, Feios entrega uma abordagem quase superficial dos temas que poderiam ser seu ponto forte.

Direção e roteiro: escolhas que comprometem

A direção, apesar de eficiente nas cenas de ação, falha em criar momentos de impacto emocional. O roteiro, por sua vez, parece mais interessado em seguir fórmulas de sucesso do gênero do que em explorar a essência da obra original. Isso é particularmente frustrante para os fãs dos livros, que esperavam uma adaptação mais fiel e impactante.

Pontos positivos: estética e potencial da ideia

Apesar dos problemas, Feios tem seus méritos. A ideia central continua relevante, especialmente em uma era onde redes sociais e filtros digitais perpetuam a obsessão pela perfeição estética. Além disso, os visuais atraentes e algumas sequências de ação bem coreografadas podem agradar ao público mais jovem e menos exigente.

Veredito: uma oportunidade perdida

Feios tinha potencial para ser uma adaptação memorável, mas acaba sendo uma produção genérica que não faz jus à profundidade do material original. Apesar de um visual impressionante e uma premissa intrigante, o filme falha em entregar a carga emocional e a crítica social que o tornariam marcante.

Nota: 2,5/5 estrelas

Leia também:

Brasil lidera revolução solar e aponta caminho global para energia limpa, aponta Kátia Abreu

Link para compartilhar:

Últimas noticias

Ranking das Músicas Religiosas Mais Ouvidas no Brasil em 2025: Destaques do Gospel e da Música Católica

Em 2025, o cenário musical religioso no Brasil continua a demonstrar sua força e diversidade, com artistas do gospel...

Inteligência Artificial e DNA Antigo Transformam a Paleontologia em 2025

A paleontologia vive uma revolução em 2025, impulsionada por avanços na inteligência artificial (IA) e na análise de DNA...

Cenário Político Global em 2025: Conflitos, Eleições e Acordos Internacionais

O ano de 2025 tem sido marcado por intensas movimentações políticas globais, incluindo conflitos armados, processos eleitorais significativos e...

“Pautas-bomba” no Congresso acendem alerta sobre risco fiscal e comprometimento de investimentos públicos

Projetos que elevam gastos obrigatórios sem indicar fonte de receita preocupam especialistas e pressionam o equilíbrio das contas públicas O...
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_img

Big Jow assume presidência da ATM e defende união entre prefeitos e sensibilidade dos órgãos de controle

Gestor de Cristalândia foi empossado em cerimônia prestigiada por autoridades estaduais e federais; Diogo Borges deixa o cargo e...

Controladoria Jurídica: a revolução silenciosa que está transformando a advocacia no Brasil

Área mostra como a gestão estratégica de processos pode garantir segurança, eficiência e produtividade aos escritórios de advocacia  Pouco conhecida...
spot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img