Medidas emergenciais incluem redirecionamento de fluxo, reorganização de postos fiscais e suporte ao transporte de cargas e animais.
Após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek (Ponte JK) que conectava o Tocantins ao Maranhão, o Governo do Tocantins anunciou uma série de ações emergenciais para garantir a segurança, a logística e o bem-estar animal nas regiões afetadas. A estrutura, essencial para o transporte de mercadorias e animais, sofreu um colapso no último domingo, 22, gerando mudanças significativas na dinâmica de transporte e fiscalização interestadual.
Adapec intensifica barreiras sanitárias
A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) reforçou suas operações em barreiras fixas localizadas em Filadélfia, Tocantinópolis e Bela Vista, na divisa com o Maranhão. Com o aumento do fluxo de veículos nessas regiões, fiscais foram remanejados da barreira de Aguiarnópolis para agilizar os atendimentos. Além disso, empresas responsáveis pelo transporte de balsa estão sendo orientadas a garantir condições adequadas para os animais durante as travessias.
“A segurança e o bem-estar animal são prioridades. Estamos reestruturando nossas barreiras e orientando os transportadores para evitar maiores impactos nos fluxos logísticos e na saúde animal,” afirmou um representante da Adapec.
Reorganização fiscal e rotas alternativas
Com o fechamento do Posto Fiscal do Estreito, a Secretaria da Fazenda do Tocantins (Sefaz) redistribuiu as operações de controle para os postos de Bela Vista (Araguatins), Xambioá e Filadélfia. A medida busca garantir o fluxo contínuo de mercadorias, especialmente em uma época do ano que movimenta cerca de 2.100 veículos diariamente.
Os usuários são orientados a priorizar o Posto Fiscal de Bela Vista, que oferece uma rota mais rápida para Imperatriz (MA) por meio de uma ponte. Já o posto de Filadélfia, dependente de balsas, enfrenta maior fluxo de veículos, o que pode resultar em atrasos. Para motoristas com destino a Marabá, Belém e outras regiões do Pará, o Posto Fiscal de Xambioá é apontado como alternativa eficiente, assim como o Posto Fiscal Transamazônico, também localizado em Araguatins.
Impactos econômicos e medidas de apoio
A Sefaz, em parceria com transportadoras e a Polícia Rodoviária Federal, está divulgando rotas alternativas para minimizar os transtornos logísticos. Contudo, atrasos são esperados devido ao aumento do fluxo em outros postos fiscais e à necessidade de adaptação dos transportadores.
Além disso, uma força-tarefa foi formada para avaliar os impactos econômicos da tragédia e desenvolver soluções rápidas. “Nosso objetivo é mitigar os transtornos para empresas e moradores locais, assegurando o abastecimento e a continuidade dos serviços essenciais,” destacou a Sefaz.
Preocupação ambiental e suporte ao bem-estar
A possibilidade de contaminação da água do Rio Tocantins por substâncias transportadas nos caminhões que caíram com a ponte aumentou os desafios da operação. A Defesa Civil emitiu alertas para que a população ribeirinha evite contato com a água e aguarde análises detalhadas sobre possíveis impactos ambientais.
Ao mesmo tempo, a Adapec intensifica as medidas para garantir a saúde e segurança de animais transportados pelas balsas, reforçando o monitoramento das condições nas travessias e oferecendo suporte aos condutores.
Solidariedade e ação conjunta
O governador Wanderlei Barbosa reforçou o compromisso do governo estadual em enfrentar os desafios causados pelo desabamento. “Estamos mobilizando todos os esforços para garantir a segurança, restabelecer o fluxo de transporte e minimizar os impactos dessa tragédia para a população do Tocantins e do Maranhão,” declarou.
As ações emergenciais demonstram o esforço conjunto do Governo do Tocantins e demais órgãos envolvidos para mitigar os impactos de uma tragédia que deixou marcas profundas na logística e na vida dos moradores da região.
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