“O Brasil é um gigante do agronegócio, ninguém concorre com nossa qualidade”, diz Kátia Abreu sobre o mercado nacional

“Ninguém no mundo consegue concorrer com o Brasil no custo de produção e na qualidade do que produzimos no agro. Essa liderança foi construída ao longo de 60 anos, com ciência, tecnologia e determinação,” afirmou Kátia Abreu durante sua participação no Real Time, da CNBC Brasil. A ex-ministra da Agricultura trouxe uma análise detalhada sobre a relevância do agronegócio brasileiro no mercado global, destacando desafios e oportunidades para o setor.

A estreia da comentarista foi marcada por discussões que abrangem desde as barreiras comerciais enfrentadas pelos exportadores brasileiros até a necessidade de acordos bilaterais que consolidem a posição do Brasil como líder no comércio internacional.

O Brasil como potência global do agro

Kátia Abreu ressaltou a trajetória que colocou o Brasil entre os maiores players do agronegócio mundial. O país, que já era um grande produtor de alimentos, consolidou-se como o maior exportador de carne bovina e um dos líderes na exportação de grãos, como soja e milho. “Nossa força no agronegócio foi construída com base em ciência, com o trabalho da Embrapa e investimentos em tecnologia que transformaram o Brasil em referência mundial,”destacou.

Ela lembrou que, há décadas, o Brasil enfrentava um cenário agrícola limitado, dependente de insumos e tecnologia estrangeira. “Hoje, exportamos não apenas alimentos, mas também conhecimento. Nossa genética, tanto de plantas quanto de animais, é uma das mais avançadas do mundo,” afirmou.

Desafios: logística, tributação e barreiras comerciais

Apesar dos avanços, Kátia Abreu enfatizou que o setor agropecuário brasileiro ainda enfrenta desafios que limitam seu pleno potencial. Entre eles, destacou a alta carga tributária e a complexa logística do país. “Mesmo com tributos elevados, burocracia nos portos e infraestrutura precária, continuamos liderando. Imagine o que poderíamos fazer se esses entraves fossem resolvidos,” analisou.

Ela também abordou as barreiras comerciais impostas por outros países, muitas vezes disfarçadas de exigências ambientais ou sanitárias. “Essas barreiras são estratégias de proteção de mercado. Elas raramente têm base técnica sólida e são criadas para frear nossa competitividade,” criticou.

A relevância de acordos comerciais

Kátia Abreu destacou a importância de acordos comerciais para fortalecer a posição do Brasil no mercado internacional. Atualmente, o país depende de negociações multilaterais, muitas vezes sujeitas a decisões arbitrárias de outros países.

“O Brasil é um dos países mais fechados do mundo no comércio internacional. Precisamos de mais acordos bilaterais para garantir previsibilidade e acesso a novos mercados,” explicou. A comentarista citou o acordo entre Mercosul e União Europeia como uma oportunidade estratégica que não pode ser desperdiçada.

A força do mercado interno e o papel do agro

Além das exportações, Kátia Abreu enfatizou a força do mercado interno brasileiro, que movimenta bilhões de reais e é essencial para o equilíbrio do setor agropecuário. “O Brasil não é apenas um grande exportador. Nossa população também consome produtos de alta qualidade, o que sustenta a agroindústria e gera empregos,” afirmou.

Ela destacou que o país é autossuficiente em diversos produtos, como carnes, grãos, frutas e café, e que a demanda interna estimula investimentos em tecnologia e inovação.

Sustentabilidade: um diferencial competitivo

A comentarista também ressaltou que a sustentabilidade é um pilar fundamental para o sucesso do agronegócio brasileiro no cenário global. Segundo ela, o Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, e os produtores rurais têm se esforçado para cumprir as exigências.

“Somos exemplo em produção sustentável. O Código Florestal brasileiro é único e mostra que é possível crescer protegendo o meio ambiente,” declarou. Ela defendeu que o Brasil use esse diferencial como um argumento para conquistar mais espaço no mercado internacional.

Geopolítica e o futuro do agro brasileiro

Ao analisar o cenário global, Kátia Abreu destacou que mudanças na geopolítica podem beneficiar o agronegócio brasileiro. Com os Estados Unidos adotando políticas protecionistas e a China ampliando suas importações, o Brasil se torna um parceiro estratégico para diversos mercados.

“Somos uma potência confiável em um mundo cada vez mais instável. Nossa capacidade de fornecer alimentos com qualidade e regularidade é um trunfo que poucos países têm,” afirmou.

Ela também mencionou que a crescente urbanização e a demanda por alimentos saudáveis criam novas oportunidades para o setor. “O mundo está de olho no Brasil, e precisamos estar prontos para atender às demandas de um mercado cada vez mais exigente,” concluiu.

A liderança brasileira no agro e a visão de Kátia Abreu

Com sua análise, Kátia Abreu reforçou o papel do Brasil como líder no agronegócio global, destacando que o setor não é apenas um motor econômico, mas também uma força estratégica para o desenvolvimento do país.

Sua estreia na CNBC Brasil promete trazer debates aprofundados e provocativos sobre temas essenciais para o futuro do Brasil, conectando os desafios locais às oportunidades globais em análises detalhadas e embasadas.

Veja a participação na íntegra 

Leia também:

Kátia Abreu critica Carrefour e reforça importância do Mercosul: “Precisamos respeitar nossa força no mercado global”

 

Link para compartilhar:

Compartilhe nas redes:

Rua José Pereira De Lima, 1975
Setor Campinas – Colinas do Tocantins
CEP: 77760-000

Contato:  63-99201-1452
redacao@diariotocantinense.com.br

© 2003-2024 - Diário Tocantinense. Todos os direitos reservados.