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Em nova ofensiva política, ex-presidente pede perdão para envolvidos no 8 de janeiro e diz que não busca poder, mas “bem-estar do povo brasileiro”. Nas redes sociais, reação é imediata e marcada por críticas incisivas.

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Urgente: “Passar a borracha”: Bolsonaro defende anistia e vira réu por tentativa de golpe

Em nova ofensiva política, ex-presidente pede perdão para envolvidos no 8 de janeiro e diz que não busca poder, mas “bem-estar do povo brasileiro”. Nas redes sociais, reação é imediata e marcada por críticas incisivas.

Por Fernanda Cappellesso I Diário Tocantinense I Brasília – “Anistia é perdão, é passar borracha, é fazer o Brasil voltar à sua normalidade. Eu não quero conflito, confronto. Eu quero benestar o meu povo. Não tenho obsessão pelo poder, tenho paixão pelo Brasil.”
Foi com essa fala que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou, mais uma vez, reposicionar sua imagem no centro do debate político nacional. As declarações foram dadas após ele se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (26), acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado ligada aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Bolsonaro defendeu publicamente a aprovação de um projeto de lei de anistia, que tramita no Congresso Nacional e prevê o perdão de todos os envolvidos em “manifestações” ocorridas entre 30 de outubro de 2022 — data do segundo turno presidencial — e a entrada em vigor da eventual nova legislação. Na prática, a medida pode beneficiar não apenas os manifestantes presos, mas também a cúpula militar e o próprio ex-presidente.

Projeto amplia escopo e pode beneficiar cúpula militar

Embora a retórica bolsonarista fale em “pacificação nacional”, especialistas apontam que o real objetivo do projeto de anistia em discussão vai muito além dos manifestantes. Para o doutor em Direito Constitucional e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gustavo Sampaio, o texto pode abrir margem para proteger também os articuladores da tentativa de golpe.

“Ao se falar em ‘manifestações’, o perdão não alcançaria os orquestradores e mandantes? A defesa do ex-presidente e de seus generais certamente reivindicará o alcance da anistia. O Congresso pode, inclusive, emendar o texto para deixar isso explícito”, afirmou Sampaio em entrevista à GloboNews.

Ainda segundo o jurista, se aprovada, a anistia pode tirar os casos das mãos dos ministros do STF e transferi-los à Justiça comum, mudando significativamente o curso dos processos.

FILME NAS REDES: “Passar a borracha? Só se for neon”
A fala de Bolsonaro gerou reação imediata e massiva nas redes sociais. No Instagram, os comentários foram marcadamente críticos, com ironias sobre a proposta de anistia e acusações de tentativa de autoproteção. Os perfis mais engajados ironizaram a fala do ex-presidente com frases como:
•“Chora mais que tá pouco!”
•“Passar borracha? Não sou professora.”
•“Se é inocente, não precisa de anistia.”
•“Tem borracha aqui não! A gente usa é marca-texto neon!”
•“O desejo pela anistia é uma verdadeira confissão de culpa.”
Um dos comentários mais curtidos alerta: “O fato de terem anistiado militares no processo de redemocratização do país resultou nisso. Eles não foram punidos por seus incontáveis crimes e hoje se acham acima das leis. ANISTIA NUNCA MAIS!”
A reação do público contrasta com o tom pacificador que Bolsonaro tenta adotar. A proposta de “passar a borracha” não encontrou eco entre os opositores, que veem na anistia uma ameaça à responsabilização de crimes contra a democracia.
Lula: “Anistia é confissão de culpa”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi direto ao comentar o pedido de anistia. Para ele, trata-se de uma confissão. “Se está pedindo perdão, é porque cometeu crime”, declarou. A fala reflete a postura do governo diante da tentativa de golpe e reforça o compromisso com a responsabilização dos envolvidos.
Análise: anistia ou autoproteção?
Embora Bolsonaro afirme querer “benestar” para o povo e diga não ter “obsessão pelo poder”, especialistas e opositores interpretam seu movimento como uma estratégia de proteção jurídica para si e para os militares aliados. A anistia, nesse contexto, funcionaria como uma blindagem institucional, não como gesto de pacificação.
Enquanto a proposta de lei avança no Congresso, o debate sobre os limites da anistia segue acalorado. Para muitos juristas, o perdão coletivo pode representar um retrocesso histórico — uma nova brecha para a impunidade no país.

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