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EUA bombardeiam instalações nucleares no Irã e acendem novo ciclo de tensão no Oriente Médio

Ofensiva coordenada com Israel atinge centros subterrâneos; Teerã promete retaliação e Brasil condena ação

Após meses de escalada diplomática, os Estados Unidos bombardearam, na madrugada de sábado (22), três instalações nucleares subterrâneas no Irã. A operação militar, coordenada com Israel, atingiu os centros de Fordow, Natanz e Isfahan, considerados estratégicos pelo programa nuclear iraniano. O presidente norte-americano Donald Trump classificou a ação como “necessária para preservar a paz mundial”. Teerã promete retaliação.

Segundo o Pentágono, foram utilizados mísseis Tomahawk lançados a partir de destróieres no Golfo Pérsico, além de bombardeiros B-2 Spirit. As instalações estariam “completamente inutilizadas”, de acordo com fontes da Casa Branca.

A ofensiva marca uma nova fase do conflito no Oriente Médio e provocou reações imediatas na comunidade internacional. A ONU, a União Europeia e o governo brasileiro criticaram a operação. Já aliados como Israel e Reino Unido expressaram apoio.

Urânio foi retirado antes dos ataques, dizem iranianos

Autoridades iranianas afirmam que parte do urânio enriquecido e equipamentos de pesquisa foram removidos dos túneis dias antes dos ataques. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que não há sinais de vazamento radiativo nas áreas atingidas, mas monitora os desdobramentos.

Em nota, o porta-voz do governo iraniano, Nasser Kanaani, declarou que “a ação dos Estados Unidos é uma violação flagrante da soberania nacional e será respondida com rigor proporcional”. O parlamento iraniano aprovou estado de emergência militar, e há relatos de movimentações de tropas na fronteira com o Iraque.

Retaliação e riscos para o petróleo

Horas após os bombardeios, mísseis iranianos foram lançados contra posições israelenses e norte-americanas no Catar e no norte do Iraque. Até o momento, não há registro de vítimas. Em paralelo, o governo iraniano ameaça interromper o tráfego marítimo no Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo consumido no planeta.

A possibilidade de bloqueio impulsionou o preço do barril de Brent, que subiu 4,3% nas primeiras horas desta segunda-feira (23), cotado a US$ 94,10. Bolsas globais operam em queda, e o dólar volta a subir frente a moedas emergentes.

Brasil condena ataque e alerta para efeitos econômicos

Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil lamentou a ação militar dos EUA, classificando o ataque como uma “grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas”. O governo brasileiro reiterou sua defesa pelo uso pacífico da energia nuclear e pediu “moderação e diálogo imediato entre as partes”.

A escalada de tensão preocupa o setor de comércio exterior brasileiro, especialmente exportadores de commodities como petróleo, soja e carne, cujos preços estão sujeitos a volatilidades no mercado global.

Segundo o economista Rafael Bicudo, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, “a instabilidade no Oriente Médio pode impactar diretamente o custo de importação de combustíveis, fertilizantes e a cotação do dólar, pressionando a inflação nos próximos meses”.

Especialistas alertam para escalada regional

Análises geopolíticas apontam para o risco de um conflito mais amplo envolvendo milícias xiitas aliadas ao Irã no Líbano, na Síria e no Iêmen. A presença militar dos EUA na região também deve aumentar nos próximos dias, como forma de dissuasão a novos ataques.

Para a professora de Relações Internacionais da UnB, Denise Duarte, “a operação dos EUA rompe a lógica do equilíbrio instável na região. É uma tentativa de impor hegemonia pela força num momento em que os canais diplomáticos estavam paralisados”.

Próximos passos

O Conselho de Segurança da ONU convocou reunião de emergência para esta terça-feira (24). O governo iraniano já comunicou à AIEA que deixará de cumprir parte dos protocolos adicionais de inspeção. Em Teerã, milhares de pessoas participaram de manifestações nesta segunda, em apoio ao programa nuclear nacional.

No Brasil, o Planalto acompanha os desdobramentos com preocupação. O presidente da República deve se reunir nesta noite com ministros da Defesa, da Casa Civil e da Fazenda para discutir impactos internos da crise.

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