Levantamento feito no início de junho mostra oscilação de preços entre R$ 115 e R$ 125; variação de 8,7% pesa no orçamento das famílias
Em Colinas do Tocantins, o preço do botijão de gás de cozinha (13 kg) chegou a variar até R$ 10 no mesmo dia, segundo levantamento realizado em 2 de junho de 2025. A pesquisa, que abrangeu 15 revendedoras da cidade, registrou valores entre R$ 115 e R$ 125 para pagamento à vista — seja em dinheiro, pix ou cartão de débito/crédito à vista.
A maior economia foi encontrada na revendedora Gás Água Mineral Nova Vila, localizada no setor Aeroporto, onde o botijão foi vendido a R$ 115. O mesmo valor foi registrado na Cacau Gás e Frios, no bairro Santo Antônio. Já os preços mais altos, de R$ 125, foram identificados em estabelecimentos como Brasil Gás, Du Vale Gás e Chama Gás, todas no eixo central ou no setor Rodoviário.
A diferença de até 8,7% no valor do produto num mesmo município levanta preocupações sobre o impacto no orçamento doméstico, especialmente entre famílias de baixa renda. Em média, o custo do gás corresponde a cerca de 7% do salário mínimo vigente no Brasil, que hoje está em R$ 1.412, segundo o Dieese.
Economia que faz diferença
Com o custo de vida em alta, cada real economizado no gás de cozinha pode representar alívio no fim do mês. Para quem consome um botijão por mês, a diferença de R$ 10 representa R$ 120 por ano — valor equivalente a um botijão extra. Em comunidades rurais, onde o acesso à lenha é mais difícil e alternativas como energia elétrica têm custo elevado, o botijão de gás continua sendo a principal fonte para preparo de alimentos.
Custo e logística
O preço final do gás de cozinha é influenciado por uma cadeia que vai da cotação internacional do petróleo ao custo do transporte interno. Segundo especialistas do setor, a distância dos centros de distribuição, os custos com frete, a carga tributária estadual e a concorrência local explicam por que uma mesma marca pode ter preços tão diferentes de uma rua para outra.
No Tocantins, a fiscalização é responsabilidade da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da própria Vigilância Sanitária local. Ainda assim, o acompanhamento diário ou semanal dos preços depende, em muitos casos, do próprio consumidor.
Como economizar?
Com a oscilação de valores, especialistas em consumo recomendam que o consumidor:
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Pesquise em mais de um ponto de venda antes de comprar;
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Dê preferência a revendas que oferecem descontos para pagamentos em pix ou dinheiro;
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Avalie o custo-benefício de se unir a familiares ou vizinhos para compras coletivas.
Comparativo regional
A variação de preços em Colinas é semelhante à registrada em cidades médias do Tocantins, como Gurupi e Paraíso do Tocantins, onde o preço médio gira em torno de R$ 120. Já em Palmas, o valor do botijão tende a ser ligeiramente mais alto, com médias entre R$ 125 e R$ 130, reflexo da menor concorrência em alguns bairros e da centralização das distribuidoras.
Segundo o Sindigás, a expectativa para os próximos meses é de estabilidade, com possível leve alta no segundo semestre, a depender do câmbio e da cotação internacional do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).
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