Com águas preservadas, pouca intervenção urbana e acesso por trilhas, local tem atraído visitantes em busca de tranquilidade e natureza nativa
Situado no território do cerrado, a poucos quilômetros da área urbana de Colinas do Tocantins e dentro do município de Palmeirante, o Rio Pombas tem despertado o interesse de visitantes, moradores e guias locais como uma alternativa viável de ecoturismo regional. O local combina acessibilidade, águas limpas e ambiente natural preservado, ainda fora do circuito de turismo de massa.
A área é formada por um curso d’água de pequeno porte, com pontos de banho rasos, poços naturais e mata ciliar bem conservada. O acesso é feito por estradas de terra e trilhas que atravessam propriedades privadas. Apesar da ausência de infraestrutura turística formal, moradores da região têm estruturado espaços simples de recepção com mesas, banheiros improvisados e venda de alimentos caseiros.
“É um lugar calmo, onde as pessoas vêm para descansar e se refrescar. A gente cuida como pode e pede que respeitem o espaço”, conta Maria Zuleide, moradora local.
Visitação espontânea cresce e mobiliza debate sobre estrutura
Embora ainda não haja ações oficiais voltadas ao turismo no local o Rio Pombas não está entre os pontos mapeados para potenciais roteiros de turismo ecológico e comunitário. A ideia seria integrar o destino ao conjunto de atrativos da região norte do Tocantins.
O movimento de visitantes tem crescido, especialmente aos finais de semana, vindos tanto de Colinas do Tocantins e região quanto de municípios vizinhos. Guias e operadores turísticos locais também têm incluído o rio em passeios de curta duração, principalmente para banhos e observação ambiental.
“O que temos visto é um interesse crescente por destinos mais silenciosos e com baixa intervenção. O Rio Pombas tem esse perfil e pode ser incluído com responsabilidade no roteiro turístico”, afirma Jorge Noleto, visitante.
Sustentabilidade e protagonismo local
A discussão sobre o futuro turístico do local passa pela necessidade de planejamento participativo e foco na sustentabilidade. Ações simples, como sinalização adequada, controle de acesso e educação ambiental, podem ajudar a manter o equilíbrio entre visitação e preservação.
Técnicos da Secretaria de Turismo poderiam avaliar a realização de estudos preliminares sobre o fluxo de visitantes, impactos ambientais e a viabilidade de estabelecer parcerias com a comunidade ribeirinha para consolidar um modelo de turismo de base local.
Link para compartilhar: