O nome do cardeal brasileiro Dom Leonardo Steiner, de 74 anos, arcebispo de Manaus (AM), ganhou destaque internacional ao ser citado pela agência Reuters como um dos favoritos para assumir o papado após a sucessão de Francisco. A informação circula em meios eclesiásticos e políticos como um possível marco histórico: seria a primeira vez que um Papa viria da região amazônica.
A reportagem da Reuters — uma das agências de notícias mais respeitadas do mundo — contextualiza a crescente influência da América Latina na Igreja e ressalta o papel ativo de Steiner nas pautas socioambientais e de justiça social, especialmente no Sínodo para a Amazônia, realizado em 2019. Dom Leonardo é conhecido por sua postura firme na defesa dos povos originários e do meio ambiente, o que o alinha com temas centrais do pontificado de Francisco.
A possível escolha de um cardeal da Amazônia é vista como continuidade do legado deixado por Jorge Mario Bergoglio, que desde 2013 impulsionou uma Igreja voltada para as periferias, com forte apelo à proteção dos vulneráveis e da natureza. Steiner, que se tornou cardeal em 2022 pelas mãos do próprio Papa Francisco, preenche esse perfil.
Repercussão e especulações
O nome do arcebispo de Manaus como papável ganhou ampla circulação nas redes sociais após ser citado em postagens como a do perfil @leodias no Instagram, que registrou mais de 50 mil curtidas em menos de 24 horas. Os comentários, que vão do apoio à surpresa, evidenciam o impacto da notícia entre brasileiros católicos e curiosos pela sucessão papal.
Especialistas e analistas do Vaticano, porém, lembram que o processo de escolha de um Papa envolve diversos fatores — não apenas religiosos, mas também diplomáticos e geopolíticos. Steiner é respeitado, mas enfrenta concorrência de figuras tradicionalistas da Europa e África.
Ainda assim, seu nome desponta como símbolo de um novo tempo: a possibilidade de uma Igreja cada vez mais global, ecológica e conectada com os desafios da humanidade contemporânea.
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