De acordo com a última análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR), o preço médio do frete por quilômetro rodado no Brasil alcançou R$ 7,39 em fevereiro, representando um aumento de 6,03% em relação a janeiro. O reajuste já era esperado pelo mercado, impulsionado por uma série de fatores que pressionaram os custos do transporte rodoviário de cargas.
Entre as principais variáveis que influenciaram essa elevação, estão a atualização da Tabela de Frete da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o aumento da taxa básica de juros (Selic). Além disso, o crescimento da demanda no setor industrial, com destaque para a construção civil, e a retomada da movimentação do agronegócio contribuíram diretamente para a valorização do frete.
“Este aumento relevante no preço médio do frete identificado pelo IFR já era algo esperado pelo mercado, por conta de reajustes e aumentos nas principais variáveis que influenciam essa composição. A atualização da Tabela de Frete da ANTT e o aumento da Selic tiveram impacto direto nos custos do transporte. Além disso, o aquecimento do setor industrial, somado à retomada da movimentação do agronegócio, ampliou a demanda por transporte, fator que também contribuiu para essa alta”, explica Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom.
Preço do diesel impacta diretamente o custo do frete
Outro fator que pressionou o aumento do frete foi o reajuste no preço do diesel. Em fevereiro, a Petrobras elevou o valor do combustível, enquanto a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis também sofreu aumento. Essas mudanças impactaram diretamente o custo operacional do transporte rodoviário de cargas.
“O diesel representa uma parcela muito importante dos custos operacionais do transporte rodoviário, e qualquer variação no seu preço traz consequências diretas ao valor do frete. Com os aumentos de 4,6% no diesel S-10 e de 4,65% no comum em fevereiro, registrados pelo IPTL (Índice de Preços Edenred Ticket Log), esse custo acaba sendo repassado ao frete para manter a viabilidade das operações das transportadoras”, acrescenta Fernandes.
Dado que o diesel é responsável por uma parcela significativa dos gastos logísticos, sua elevação inevitavelmente reflete no repasse de custos ao consumidor final. Assim, o aumento do valor médio do frete por quilômetro rodado torna-se uma consequência inevitável para manter a rentabilidade do setor.
Sobre o Índice de Frete Edenred Repom (IFR)
O Índice de Frete Edenred Repom (IFR) monitora o preço médio do frete rodoviário no Brasil com base em 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom.
A Edenred Repom, marca especializada na gestão e pagamento de despesas para o transporte rodoviário de carga, é referência no setor, liderando o segmento de pagamento de frete e vale-pedágio no Brasil. Com mais de 1 milhão de caminhoneiros atendidos e três décadas de atuação, a empresa fornece inteligência de dados para apoiar transportadoras, motoristas e embarcadores na gestão dos custos logísticos.
O IFR é um indicador essencial para compreender as tendências do mercado de fretes no Brasil e possibilita previsões mais precisas para empresas e transportadores que dependem do setor rodoviário.
O aumento de 6,03% no preço do frete rodoviário em fevereiro reflete um cenário de reajustes estruturais no setor, influenciado pelo reajuste da tabela da ANTT, a alta da Selic, o aumento do diesel e o crescimento da demanda no agronegócio e na indústria. Com o impacto direto desses fatores nos custos operacionais, o transporte rodoviário segue enfrentando desafios na precificação dos serviços, reforçando a importância do monitoramento contínuo por meio de índices como o IFR da Edenred Repom.
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