Considerado um forte candidato às eleições para governador do estado do Tocantins este ano, Ronaldo Dimas (PL) tem movimentado suas estratégias para se colocar em um lugar de vantagem frente a vaga para governador do Estado do Tocantins.
Dimas é apadrinhado pelo líder do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional, Eduardo Gomes, e tem apoio do deputado federal Thiago Dimas (Podemos), do deputado estadual Jair Farias (PL) e da prefeita de Gurupi, Josi Nunes (UB), além de outros.
Segundo ele, as mudanças estão indo bem e firmes em busca de grandes aliados. ”Cada partido tem chapa de federal e estadual. Podemos e PL para federal. MDB chapa de federal com o MDB. União Brasil com a Dorinha e o Gaguim a federal. PL Bolsonaro. O que queremos é que ele ganhe e lá na frente possamos estar juntos fazendo o trabalho em prol do TO” conta Dimas.
Dimas definiu como plano, concorrer a Governador, e para isso, trocou o Podemos pelo Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro. Uma grande estratégia já que o estado do Tocantins tem preferência pelo segmento conservador que Bolsonaro oferece.
Esse sacramento entre Dimas e Bolsonaro é forte para a disputa da eleição. Mas o que o pré-candidato ao governo não esperava é que o presidente criasse uma indisposição entre os poderes, que caso não seja resolvido, pode trazer sérios problemas ao Tocantins.
Bolsonaro gera instabilidade entre os Poderes – entenda:
Nas últimas semanas, o chefe do Executivo concedeu perdão à pena de 8 anos e 9 meses determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB/RJ), acusado de coação no curso do processo, incitação à animosidade entre as Forças Armadas e o STF, e tentativa de impedir o livre exercício dos poderes da União.
Segundo o advogado Rodrigo do Vale, o indulto foi utilizado como ferramenta de retaliação, sobretudo, considerando o contexto do conflito interminável existente entre o Presidente (Jair Bolsonaro) e a Suprema Corte (STF), provocando novamente instabilidade entre os Poderes.
“Resta nítido que o indulto concedido ao Daniel Silveira se mostrou atípico, em outras palavras, rompeu com a lógica humanitária da prerrogativa presidencial em diversos aspectos, primeiro, porque, foi concedido antes mesmo do trânsito em julgado da sentença, isso significa que ainda existiam prazos recursais em aberto no referido processo, segundo, pois, a justificativa utilizada pelo presidente se mostrou eivada de caráter político, isto é uma mera liberalidade do chefe de estado sem que houvesse no caso em concreto o interesse público”, explica o advogado.
Apesar do momento delicado, a tensão entre os Poderes não chegará a uma ruptura de fato, porque, tanto no Executivo quanto no Legislativo, há mobilização de grupos sociais e equilíbrio político, mas futuramente essa rivalidade pode prejudicar o estado que recebe ajuda financeira dos entes federativos.
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