Com o passar dos anos, algumas coisas vão modificando, a exemplo de quando a preocupação dos pais era com os adolescentes na rua. Hoje em dia, a preocupação continua, mas agora, dentro de casa, mais especificamente, no quarto.
Em Travessia, Theo (Ricardo Silva) representa esses jovens. O adolescente passa tanto tempo trancado no quarto, jogando videogame, que seu comportamento começa a ser percebido pela família como suspeito.
Theo de Travessia
O caso Theo, um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, tem ganhado mais notabilidade, isso por que o comportamento, apresentado pelo ator, pode ser grave.
Segundo a Psicóloga clínica, especialista em saúde mental, dependência e compulsões, Tatiane Paula, esse comportamento pode ser explicado e merece atenção. “Podemos observar comportamentos característicos de dependência de jogos on-line. Em algumas cenas vemos sinais de abstinência, quando o Theo é confrontado pelos pais, por não saber lidar com a situação, em conversar, retirar o fone, ele demonstra irritabilidade”, analisa a especialista.
Além disso, a especialista ainda afirma que nas cenas seguintes, quando a internet e os acessos de jogos são retirados, Theo fica agressivo. “Ele demonstra irritabilidade com o pai e em outras cenas, quando os pais retiram a Internet e também os jogos, ele fica bastante irritado, e em alguns momentos acontece as agressões físicas. A área ativada pelas dependências e compulsões é a mesma do córtex pré-frontal (Região do cérebro envolvida no planejamento de um comportamento cognitivo complexo, na expressão da personalidade, na tomada de decisões e na moderação do comportamento social). São as mesmas das dependencias químicas, lícitas e ilícitas, jogos online, jogos de azar e sexo”.
Esse tipo de dependência, conforme a especialista, precisa ter ajuda médica. “Tem acontecido algumas cenas de Travessia em que o Theo desenvolve alguns sintomas de abstinência seguidos de ansiedade e irritabilidade. Para lidar com essa situação problema o ideal é procurar ajuda médica psiquiátrica e psicológica”, explica.
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