A conjuntura do mercado do boi gordo tanto em exportação, quanto no varejo ou atacado expressa uma oferta de gado relativamente maior, ampliando a pressão de baixa nas negociações.
Em São Paulo, estado referência para a cotação, a última semana mostrou estável, visto que o Boi gordo foi avaliado em R$ 315/@, enquanto a vaca e novilha gordas custavam, R$ 279/@ R$ 312/@ (preços brutos e a prazo), registrando uma baixa no acumulado do mês de 3,6%.
Do lado das exportações, o cenário sai na frente de maneira positiva. Até esta última semana, o Brasil exportou quase 90 mil toneladas de carne bovina in natura, trazendo um recorde para o mês de abril, considerando o cenário pandêmico na China e o conflito entre Ucrânia e Rússia.
Atualmente, com a alta dos casos de Covid-19 na China, a potência prorrogou lockdown, o que segundo o analista e consultor da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, pode trazer uma baixa resposta nas negociações de carne do Brasil. “O lockdown que vem ocorrendo na China por conta dos casos de covid-19 pode levar uma demanda menor e afetar essa questão das exportações brasileiras no curto prazo”, explica Fabbri.
Levando para a área de atacado e varejo, Felipe Fabbri, também explica que o mercado tem trabalhado de maneira constante, mas que o cenário não se compara a dois, três anos atrás, onde as negociações fluíam com intensidade.
"Hoje a situação é de negócios travados, baixa liquidez com as indústrias atacadistas e varejistas cooperando com preços menores nessa última semana de abril. A expectativa para curto prazo é que esse cenário siga podendo ser limitado por alguns fatores conjunturais", explica o consultor.
Os fatores conjunturais citados pelo analistas são em referência a movimentação financeira da população como o FGTS, e o Décimo terceiro. Movimentações que podem aliviar uma pressão de baixa e alavancar o mercado brasileiro.
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