Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o Tocantins registrou mais de 2655 focos de queimadas apenas nos 13 primeiros dias de setembro.
Por causa da baixa umidade do ar e das altas temperaturas, que ultrapassam os 40º, o mês de setembro, historicamente, é o que registra os maiores índices.
Nas últimas 24 horas, os satélites do Inpe contabilizaram 685 focos de calor em todo o estado. O município de Formoso do Araguaia, localizado na região sudoeste do estado, registrou o maior número de focos, 58.
Os dados mostram que os primeiros dias de setembro de 2020 registraram mais focos que o mesmo período do ano passado.
Em setembro de 2019, a quantidade de focos no mesmo período tinha sido de 2360 casos registrados. No acumulado do ano, o número foi de 9425, 16,71% menos do que registrado este ano.
Para tentar controlar as chamas, as ações educativas e preventivas foram adiantadas, porém, mesmo assim, as equipes de brigadistas, bombeiros e militares do Exército lutam no combate ao fogo de norte s sul do Tocantins.
A serra do Lajeado, no entorno de Palmas, queimou durante 10 dias. O combate teve que ser intensificado e contou com o auxílio de aeronaves.
A situação também é preocupante para produtores da zona rural de Bandeirantes. José Alves trabalha, desde a última terça-feira, 8, na tentativa de tentar evitar que o fogo invada a sua propriedade. “A região foi muito atingida e outros produtores já tiveram prejuízo”, disse ele ressaltando que acredita que o incêndio que atingiu a região tenha sido causado pela ação humana.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também alerta para as condições climáticas. Em quase todo o estado os índices de umidade relativa do ar têm ficado abaixo de 30%, em alguns casos são inferiores a 10%. O mínimo recomendado para a saúde humana é de 60%.
Relacionado
Link para compartilhar: