O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, nesta terça-feira (04), o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa de Thiago Sulino de Castro, advogado que está preso desde a Operação Máximus. Esta operação, conduzida pela Polícia Federal (PF) em 23 de agosto, investiga um alegado esquema de venda de sentenças no sistema judiciário do Tocantins.
Thiago Sulino de Castro está detido em Palmas, após a operação que visou desmantelar uma suposta organização criminosa dentro do Judiciário Tocantinense. Durante a Operação Máximus, foram cumpridos dois mandados de prisão e mais de 60 mandados de busca e apreensão. As ações abrangeram gabinetes de desembargadores, juízes e servidores públicos, além de endereços residenciais e comerciais relacionados aos investigados.
Entre os alvos da operação, destacam-se o desembargador Helvécio Ferreira de Oliveira, que foi afastado de suas funções, e outros magistrados e servidores que supostamente estariam envolvidos na trama criminosa. A operação revelou uma rede complexa de corrupção, com a venda de sentenças e manipulação de processos judiciais.
A defesa de Thiago Sulino de Castro argumentou que a prisão do advogado é excessiva e que ele não representa um risco de fuga ou obstrução das investigações. No entanto, o STF decidiu pela manutenção da prisão preventiva, citando a gravidade das acusações e a necessidade de garantir a integridade das investigações.
A decisão do STF gerou reações variadas no meio jurídico e político, destacando a gravidade das acusações e a necessidade de um sistema judicial transparente e íntegro. A defesa de Sulino de Castro anunciou que recorrerá da decisão e que continuará lutando pela liberdade provisória do advogado.
A Operação Máximus continua em andamento, com as autoridades prometendo manter o foco na investigação para identificar e responsabilizar todos os envolvidos na suposta organização criminosa.
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