O assunto mais propagado e mais comentado desta segunda-feira, 16, foi a cadeirada desferida pelo jornalista e apresentador José Luiz Datena, candidato pelo PSDB à Prefeitura de São Paulo, contra o candidato do PRTB, Pablo Marçal, durante o debate da TV Cultura, ocorrido no domingo, 15.
Nem vou me permitir repetir o que aconteceu, já que mais de 90% dos brasileiros teve acesso aos fatos deste acontecimento. Vou falar do objetivo de Marçal ao provocar ao extremo José Luiz Datena durante um bloco no qual um perguntava ao outro.
Marçal, além de relembrar uma denúncia de assédio contra Datena, chama o concorrente de “Arregão” e ainda diz que no debate anterior “faltou coragem de lhe dar um tapa na cara”, ocasião em que Datena chegou perto de Marçal e recuou.
Talvez ele não tenha calculado que levaria uma cadeirada, o que deve ter rendido um dedo da mão quebrado. Mas a repercussão ele queria, e conseguiu, porque o Brasil praticamente não falou de outra coisa nesta segunda-feira, 16.
Pesquisas de alguns dias apontaram queda de Marçal na preferência do público e já era esperado que ele lançasse mão de alguma ação deplorável, como sempre faz nas suas mensagens ao seu público. Isso, depois de perder a alcunha de “preferido” de Bolsonaro e sua família, a quem ele também não tem poupado por apoiarem seu adversário Ricardo Nunes (PMDB).
Outro detalhe importante foi comparar o fato da cadeirada à facada sofrida por Bolsonaro em 2022 e os atentados contra Donald Trump.
Mais um detalhe é que mesmo saindo andando do estúdio e tendo permanecido vários minutos após o incidente, Marçal recorre a uma ambulância e sua equipe faz toda uma celeuma dentro do veículo, incluindo um desnecessário oxigênio ao paciente.
Já no hospital, Marçal recebeu uma pulseira cor verde aquelas colocadas nos pacientes em qualquer pronto socorro para identificar a urgência com que o paciente deve ser atendido. Mesmo assim, produziu vídeos simulando uma gravidade que não existiu e uma urgência que não aconteceu.
Assim, é Marçal, verdadeiro como uma nota de R$ 3,00 e ele jogou o tudo ou nada contra Datena.
Vamos ver se na próxima pesquisa de intenções de votos se Marçal subiu mais ou menos que Datena.
Afinal, só no Jornal Nacional desta segunda-feira, 16, é que foram entrevistar os outros candidatos que participavam do debate.
Infelizmente tivemos um episódio de violência associado à eleição municipal de 2024 e tivemos também o desprazer de ver um candidato que fez de tudo para provocar o fato. Um candidato que não mede esforços em usar palavras de baixo calão, lembrando a atitude de seus principais ídolos.
E no final das contas, muita gente quer votar na cadeira.
Vamos esperar.
Relacionado
Link para compartilhar: