A Justiça Eleitoral de Colinas do Tocantins negou o pedido de liminar solicitado pela coligação “Trabalhando para Mudar com Respeito e Humildade”, liderada pela professora Raimundinha (MDB), que buscava proibir o uso da cor azul na campanha do prefeito e candidato à reeleição, Josemar Kasarin (UB). A negativa gerou polêmica, mas, segundo a advogada da coligação, Larissa Almeida Cunha, a decisão foi mal interpretada pela imprensa local.
De acordo com Larissa Almeida Cunha, advogada da coligação, as ações judiciais movidas não foram rejeitadas pelo juízo eleitoral, como noticiado pelo Diário Tocantinense. “O que ocorreu foi o indeferimento dos pedidos liminares, ou seja, as solicitações de caráter provisório não foram acatadas pelo juiz, pois poderiam causar uma irreversibilidade na decisão final. O processo em si continua tramitando”, esclarece a advogada.
Decisão Judicial e Contexto da Disputa
A coligação de Raimundinha alegou que o uso da cor azul pelo atual prefeito, popularmente conhecido como “Azulão”, poderia ser interpretado como uma extensão da identidade visual da gestão municipal, configurando uso indevido de símbolos públicos na campanha eleitoral. Contudo, o juiz Marcelo Laurito Paro, da 4ª Zona Eleitoral, decidiu não conceder a liminar, considerando que não há risco iminente ao resultado do processo, caso este seja julgado após as eleições.
Segundo o magistrado, o atendimento ao pedido poderia comprometer a normalidade da campanha e gerar danos irreparáveis ao investigado. Ele destacou ainda que, mesmo em caso de vitória de Kasarin, o julgamento posterior das ações ainda poderia resultar em sanções como a cassação do mandato. “A rejeição dos pedidos liminares não significa o fim da ação. A análise dos méritos ainda ocorrerá e pode trazer implicações importantes para o resultado eleitoral”, reforça Larissa.
Estratégias e Reações
Com a negativa da liminar, a campanha de Kasarin segue utilizando a cor azul, enquanto seus adversários se preparam para os próximos passos no embate jurídico. O prefeito, em recentes declarações, minimizou as ações judiciais, afirmando que a oposição busca criar obstáculos artificiais em uma campanha já consolidada. “Ninguém é insubstituível, mas eu quero ser uma pessoa difícil de ser substituída”, disse o candidato, expressando confiança na sua reeleição.
A coligação de Raimundinha, por sua vez, mantém a expectativa de que o julgamento das ações em bloco, que também inclui a coligação “Unidos por Colinas”, liderada por Marcos Valério (PRD), traga um desfecho que impeça o uso do azul em benefício da campanha governista. A estratégia de unir as Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) visa evitar decisões contraditórias e otimizar a análise do caso.
Quem uniu as as ações foi a própria justiça, neste caso.
Impacto no Cenário Eleitoral
Colinas do Tocantins, cidade localizada no norte do estado, vivencia uma das campanhas mais disputadas dos últimos anos, com a polarização entre Kasarin e seus principais adversários. As ações na Justiça Eleitoral refletem o acirramento do pleito, marcado por discussões sobre o uso de cores e símbolos associados à administração pública.
O julgamento das Aijes, previsto para os próximos dias, pode influenciar decisivamente a reta final das campanhas. Caso as acusações de uso indevido de símbolos públicos sejam acatadas, a candidatura de Kasarin pode enfrentar sanções que variam desde multa até a cassação do diploma, o que mudaria o panorama eleitoral do município.
Próximos Passos
Com a decisão judicial de não acatar os pedidos liminares, a coligação “Trabalhando para Mudar com Respeito e Humildade” aguarda o julgamento das ações em conjunto. Enquanto isso, a campanha do atual prefeito segue sem restrições quanto ao uso da cor azul. O pleito se aproxima e a disputa pelo comando de Colinas do Tocantins promete se intensificar, com desdobramentos que podem impactar significativamente o futuro político da cidade.
A expectativa é de que as próximas decisões do Judiciário tragam mais clareza sobre o uso de elementos visuais e suas implicações nas campanhas eleitorais. Para Larissa Almeida Cunha, a transparência no julgamento dessas questões é essencial para garantir a legitimidade do processo eleitoral e assegurar que o pleito seja conduzido com igualdade e respeito às normas vigentes.
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