Desafios da Lei Antidesmatamento da União Europeia São Debatidos em Missão da CNA
No terceiro dia da missão da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em Bruxelas, os desafios e impactos da Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR) para o Brasil foram amplamente discutidos. A delegação brasileira participou de reuniões
estratégicas com representantes do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia.
A agenda incluiu encontros com Florika Fink-Hoojer, diretora-geral de Meio Ambiente da Comissão Europeia (DG Envi), Veronika Vrecionová, presidente do Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu, e representantes do European Landowners Organization (ELO). O objetivo foi esclarecer as preocupações do setor agropecuário brasileiro em relação à legislação ambiental europeia.
Representatividade da Delegação BrasileiraA missão conta com a presença do vice-presidente de Relações Internacionais da CNA e presidente do Sistema Farsul (RS), Gedeão Pereira; o presidente da Famasul (MS) e membro do Conselho Deliberativo da ApexBrasil, Marcelo Bertoni; os diretores Sueme Mori (Relações Internacionais) e Bruno Lucchi (Área Técnica); além do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, e da senadora Tereza Cristina.
Pontos em DiscussãoEntre os temas abordados nas reuniões, destacam-se:
Impactos da Lei Antidesmatamento no comércio Brasil-UE;
O Green Deal e suas implicações para o agro brasileiro;
Avanços e entraves no Acordo Mercosul-UE;
Demonstração das boas práticas sustentáveis da agropecuária nacional;
Fortalecimento das relações parlamentares entre os blocos.
Segundo Gedeão Pereira, o Brasil, como maior exportador líquido de alimentos do mundo, prioriza a sustentabilidade nos âmbitos econômico, social e ambiental. “É essencial dar continuidade às discussões ambientais para apoiar o setor agropecuário e superar os desafios impostos pela nova legislação europeia”, destacou.
O presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, ressaltou a importância da missão. “Essa viagem permite demonstrar que o Brasil produz alimentos com responsabilidade ambiental e discutir a Lei Antidesmatamento, que impõe exigências como a classificação de risco dos países. Nossa preocupação é compreender em que nível o Brasil será classificado”, afirmou.
Para Pedro Lupion, presidente da FPA, a legislação europeia gera apreensão entre os produtores rurais brasileiros. “Precisamos combater as narrativas equivocadas e mostrar a realidade do nosso agro e sua produção sustentável”, enfatizou.
A senadora Tereza Cristina considerou as reuniões produtivas e fundamentais para o diálogo entre os países. “O diálogo é essencial para qualquer avanço. Esta missão da CNA tem sido bem-sucedida por abrir espaço para trocas francas entre brasileiros e europeus”, concluiu.
Próximos PassosNa sequência da missão, a delegação brasileira seguirá para Paris, onde participará de encontros com embaixadores e representantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As discussões continuarão focadas no comércio agropecuário e nas políticas ambientais que podem impactar as exportações brasileiras.
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