Queda de juros, estabilidade inflacionária e dólar valorizado criam condições favoráveis para o Tocantins expandir investimentos em agro, energia e turismo
Nos próximos anos, o Tocantins poderá experimentar um ciclo favorável de desenvolvimento econômico sustentado pela combinação de juros em queda, inflação controlada e dólar estável. As projeções do mercado nacional indicam que, até 2028, a taxa Selic — atualmente em torno de 15% ao ano — pode recuar para cerca de 10%, enquanto o IPCA, principal índice de inflação, tende a estabilizar-se próximo de 3,75%. O câmbio deve seguir girando em torno dos R$ 6,00, o que impulsiona exportações e favorece o agronegócio regional.
Esse cenário, descrito por analistas como de oportunidade estratégica, beneficia diretamente setores estruturantes da economia tocantinense, como o agronegócio, a energia renovável, o comércio, os serviços e o turismo ecológico.
📉 Selic em queda estimula crédito e amplia capacidade produtiva
A redução da taxa básica de juros da economia brasileira tem impacto direto na dinâmica dos investimentos regionais. Para o Tocantins, isso significa:
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Crédito mais acessível para produtores rurais e pequenos empresários;
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Redução dos custos operacionais para investimentos em infraestrutura;
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Aumento da capacidade de consumo da população, com efeito multiplicador sobre o comércio e os serviços.
“Com juros mais baixos, o investimento privado volta a ganhar fôlego. O Tocantins tem espaço para crescer na produção agroindustrial, na geração de energia e em cadeias logísticas que antes eram limitadas pelo custo do capital”, afirma o economista Eduardo Linhares, especialista em desenvolvimento econômico.
🛒 Inflação controlada fortalece o consumo interno
A previsão de que o IPCA atinja níveis mais baixos nos próximos anos contribui para a recuperação do poder de compra da população. Isso impacta diretamente setores como o varejo, a alimentação e os serviços urbanos, com destaque para as cidades-polo do estado — Palmas, Araguaína, Gurupi e Paraíso do Tocantins.
Além disso, a estabilidade inflacionária permite maior previsibilidade no planejamento público e privado, criando um ambiente propício para a atração de novos negócios.
🌱 PIB nacional moderado, mas com potencial regional
As expectativas para o crescimento do PIB brasileiro até 2028 variam entre 1,72% e 2% ao ano. Embora modesto, esse avanço tende a ser mais expressivo em regiões com capacidade de expansão, como o Tocantins, que ainda apresenta grande disponibilidade territorial, vocação agroambiental e baixo custo logístico.
Setores com maior potencial de crescimento incluem:
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Agronegócio com valor agregado, voltado para mercados internacionais;
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Energia solar e biomassa, em expansão no estado;
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Turismo de natureza, com destaque para Jalapão, Serras Gerais e Ilha do Bananal.
“O Tocantins reúne condições ideais para se tornar uma referência em energia limpa e turismo sustentável, desde que o planejamento regional acompanhe as tendências econômicas nacionais”, explica Linhares.
💱 Câmbio estável impulsiona as exportações tocantinenses
Com o dólar projetado em R$ 6,00 até 2028, as exportações de soja, milho e carne bovina, principais produtos da pauta tocantinense, tendem a se manter altamente rentáveis. A valorização cambial beneficia:
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Cooperativas e grandes produtores voltados ao mercado externo;
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Indústrias de processamento que visam à exportação;
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Projetos de logística integrada, como terminais de carga e ferrovias.
Além disso, o Tocantins poderá ampliar sua presença no mercado de commodities com certificações sustentáveis, rastreabilidade e tecnologias de precisão.
📍 Tocantins pode se consolidar como polo de desenvolvimento sustentável
A leitura dos indicadores aponta para um horizonte econômico favorável, mas que exige ação coordenada entre poder público, setor privado e instituições de fomento. Com planejamento eficaz e foco em áreas estratégicas, o Tocantins tem condições de:
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Aumentar sua participação no PIB nacional;
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Reduzir desigualdades regionais;
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Gerar empregos qualificados;
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Melhorar a qualidade de vida da população.
“É o momento de preparar o estado para um novo ciclo. Não basta crescer: é preciso crescer com inteligência, inclusão e sustentabilidade”, conclui o economista Eduardo Linhares.
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