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De Olho na Política: Gabriela Siqueira acumula conflitos, interfere na comunicação da Prefeitura e desgasta imagem do pai

A jovem Gabriela Siqueira, filha do atual prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, começa a se consolidar como uma das figuras mais comentadas — e também mais polarizadoras — da política local. O sobrenome forte abriu portas. Mas é a forma como ela tem atuado nos bastidores da Prefeitura que vem deixando aliados antigos e recentes em estado de alerta.

Gabriela Siqueira Campos, filha do prefeito Eduardo Siqueira Campos, é apontada por aliados como um dos principais motivos do desgaste interno da gestão, segundo relatos feitos ao Diário Tocantinense. Sua atuação tem gerado críticas por centralização e postura considerada truculenta nos bastidores da Prefeitura de Palmas.
Gabriela Siqueira Campos, filha do prefeito Eduardo Siqueira Campos, é apontada por aliados como um dos principais motivos do desgaste interno da gestão, segundo relatos feitos ao Diário Tocantinense. Sua atuação tem gerado críticas por centralização e postura considerada truculenta nos bastidores da Prefeitura de Palmas.

Nos últimos dias, Gabriela protagonizou um conflito público com a ex-prefeita Cinthia Ribeiro nas redes sociais. O embate foi direto, com críticas incisivas, e teve repercussão imediata entre quadros do PSDB e de partidos do centro democrático. O que chamou a atenção não foi apenas o tom — ácido e desafiador —, mas a escolha da adversária: Cinthia foi peça-chave na vitória de Eduardo, ao ceder parte de sua estrutura e capital político em uma eleição municipal decidida por margens apertadas.

Para interlocutores próximos, a postura de Gabriela reflete autonomia. Para os aliados históricos do clã Siqueira, no entanto, o gesto escancarou despreparo político e ingratidão estratégica. “Ela parece querer apagar a história de todo mundo que ajudou a construir essa vitória”, disse, em reserva, um ex-secretário do antigo governador Siqueira Campos, com trânsito entre os dois grupos.

Comunicação sob controle e licitação sob suspeita

Gabriela, que é médica de formação e sem experiência na área de comunicação, assumiu papel central na estrutura da gestão municipal. Embora sem nomeação técnica na área, atua com comando direto sobre a comunicação institucional da Prefeitura. Segundo fontes internas, o secretário Élcio Mendes exerce função meramente figurativa, enquanto Gabriela concentra decisões, vetando conteúdos, intervindo em campanhas e controlando a pauta de comunicação com mão de ferro, inclusive quem serão prestadores de serviços e aliados. Ela age como a própria prefeita. 

A movimentação provoca desconforto, sobretudo porque empresas de comunicação ligadas a aliados de Gabriela já tratam como certa a vitória na próxima licitação pública, prevista para movimentar cifras significativas. A leitura de resultado antecipado alimenta suspeitas de favorecimento e aumenta a tensão entre os grupos que ajudaram Eduardo a retornar ao Paço, mas que hoje se sentem excluídos das principais decisões.

Raul Filho e Laurez ressentidos

Crédito: Divulgação

Dois nomes com peso político expressivo no Tocantins estão entre os mais magoados com o atual cenário: o ex-prefeito Raul Filho e o atual vice-governador Laurez Moreira. Ambos estiveram no palanque de Eduardo Siqueira e foram fundamentais na costura de apoios, principalmente nos bairros populares e no sul do estado.

Raul, que ainda tem influência eleitoral em Palmas, tem feito críticas reservadas à falta de diálogo com antigos aliados. Já Laurez demonstra incômodo com o distanciamento da gestão municipal, especialmente em temas como repasses estaduais, infraestrutura e cooperação institucional. Nos bastidores, há quem enxergue um racha silencioso em formação dentro da coalizão vitoriosa de 2022.

“Eles estão assistindo ao grupo se isolar, empurrado por uma filha que não mede gestos nem palavras”, comentou, sob anonimato, um articulador político com atuação no Palácio Araguaia.

Estilo Siqueira, versão 2.0

A ascensão de Gabriela Siqueira simboliza mais do que uma continuidade de herança política. Representa uma nova geração do poder local que reproduz o estilo centralizador das antigas gestões de Eduardo, agora adaptado às redes sociais, ao marketing político digital e à comunicação verticalizada.

Internamente, Gabriela é descrita como determinada, estratégica e controladora. Mas fora dos corredores do Paço, cresce a percepção de que sua condução — marcada por enfrentamentos e exclusões — pode custar caro ao grupo no médio prazo, especialmente se os descontentamentos se transformarem em articulação política contra a própria gestão.

O conflito com Cinthia Ribeiro, segundo analistas ouvidos pela coluna, escancarou sua falta de habilidade política. Atacar publicamente uma ex-prefeita com alta capilaridade e respeito entre servidores, vereadores e eleitores não apenas isolou Gabriela, como abriu espaço para críticas generalizadas à condução da prefeitura.

Faltando pouco mais de um ano para as eleições de 2026, os bastidores da política começam a se movimentar com força no Tocantins e em todo o país. O Diário Tocantinense preparou um levantamento exclusivo com os nomes mais cotados para os principais cargos em disputa: Presidência da República, Governo do Tocantins, Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa.

A reportagem ouviu fontes políticas, monitorou articulações de bastidores e apurou alianças partidárias em formação, com base em eventos recentes, agendas de pré-candidatos e movimentações nas bases eleitorais.

Presidência da República: Lula, Michelle, Tarcísio e Zema no jogo

Crédito> Ricardo Stuckkert

No cenário nacional, quatro nomes despontam com força até o momento:

  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode tentar a reeleição com o apoio do campo progressista, caso a saúde e os indicadores econômicos sustentem a decisão.

  • Michelle Bolsonaro (PL) ganha cada vez mais projeção como sucessora política do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com forte apelo no eleitorado evangélico, é considerada uma das favoritas.

  • Tarcísio de Freitas (Republicanos) surge como alternativa técnica do campo conservador. Governador de São Paulo, articula um perfil de gestão e segurança.

  • Romeu Zema (Novo) continua sendo cotado como nome da terceira via, com apoio do empresariado liberal.

Analistas ouvidos pela reportagem apontam que o desempenho desses nomes nas pesquisas ao longo do segundo semestre de 2025 será decisivo para a consolidação das pré-candidaturas. No Tocantins, o cenário nacional deverá influenciar a configuração dos palanques estaduais, com PL e PT disputando bases regionais e espaços de alianças.

Governo do Tocantins: Dorinha e Carlesse na disputa; Wanderlei mira Senado

Dorinha Seabra tem se destacado nacionalmente em defesa da educação
Dorinha Seabra tem se destacado nacionalmente em defesa da educação

A corrida para o Palácio Araguaia começa a ganhar contornos mais definidos. O atual governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) sinaliza que poderá disputar uma vaga ao Senado, deixando a cadeira de governador para um novo nome.

Entre os cotados para a sucessão:

  • Senadora Professora Dorinha (União Brasil) é apontada como nome competitivo. Com articulação entre prefeitos e grupos da educação, já intensifica presença em eventos no interior.

  • Mauro Carlesse, ex-governador, estuda retorno à cena política, ainda sem partido definido. Tem buscado recompor alianças e recuperar sua base no Sul do estado.

  • Ataídes Oliveira, com trajetória ligada ao setor empresarial e movimentos sociais, pode ser o nome de ruptura. Tem conversado com legendas de centro-direita.

Senado Federal: Eduardo Gomes tenta manter cadeira; Vicentinho entra na briga

Senador Eduardo Gomes durante visita técnica ao Projeto Rio Formoso, em Formoso do Araguaia; emenda de R$ 6 milhões vai viabilizar recuperação de barragens e fortalecer a agricultura irrigada no Tocantins.
Senador Eduardo Gomes durante visita técnica ao Projeto Rio Formoso, em Formoso do Araguaia; emenda de R$ 6 milhões vai viabilizar recuperação de barragens e fortalecer a agricultura irrigada no Tocantins.

A única vaga ao Senado pelo Tocantins em 2026 já é alvo de movimentações intensas:

  • Eduardo Gomes (PL), atual senador, busca a reeleição e segue com apoio forte em Brasília.

  • Vicentinho Júnior (PP), deputado federal, já declarou publicamente sua intenção de concorrer ao Senado. Tem força na região do Bico do Papagaio.

  • Alexandre Guimarães (PL), com base consolidada em Araguaína, também articula nos bastidores.

  • A esquerda cogita o nome do advogado Nilo, ligado ao PT, como forma de marcar presença no pleito e sustentar palanque para Lula no estado.

Câmara dos Deputados: veteranos, jovens e novas dinâmicas locais

Com oito vagas em disputa, a bancada federal do Tocantins tende a se renovar parcialmente. Confira os nomes mais citados:

  • Célio Moura (PT) tenta novo mandato, mas o partido quer viabilizar outro nome no lugar de Eli Borges.

  • Israel Guimarães, vice-prefeito de Araguaína, entra na corrida com apoio do irmão, Alexandre Guimarães.

  • Lázaro Botelho (PP), ex-deputado, busca retornar à Câmara após perder a vaga para Tiago Dimas em 2022.

  • Lucas Campelo (PL) é nome novo com apoio do setor empresarial, tentando se consolidar como alternativa jovem e conservadora.

  • Marcos do Barole (Colinas) é apontado como surpresa com boa articulação local.

  • Nilmar Ruiz (PL) articula retorno com apoio regional.

  • Dulce Miranda (MDB), ex-deputada e ex-primeira-dama, também é cotada para retornar à Câmara.

  • César Halum, ex-deputado e ex-secretário, se movimenta em Araguaína para voltar a Brasília.

Assembleia Legislativa: prefeitos, ex-parlamentares e lideranças locais em disputa

A corrida por uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa também aquece. Abaixo, os nomes que já se articulam:

  • Jair Mariano (Pedro Afonso) representa a juventude com foco regional.

  • Moacir Oliveira (Rio dos Bois) quer levar a voz do interior para o Parlamento.

  • Ana Paula (Araguaína), esposa do prefeito Wagner Rodrigues, entra com força no segmento evangélico.

  • Laurez Moreira (PDT), atual vice-governador, se prepara para voltar ao Legislativo com apoio de nomes como Carlos Lupi e Raul Filho.

  • Kasaryn (Colinas) encerra o mandato como prefeito e é considerado nome forte para o Legislativo.

  • Amália Santana (PT) pode retornar à disputa após ausência no último ciclo.

  • Luana Ribeiro (PSD), ex-deputada estadual, articula possível retorno.

  • Elenil da Penha (Republicanos), com base em Araguaína, também quer voltar.

  • Valdemar Júnior, Marcelo Lelis e Cláudia Lelis são citados no sudeste tocantinense.

  • João Oliveira (PSDB), ex-deputado e ex-vice-governador, avalia retorno.

  • Fátima Coelho (União Brasil, Guaraí) segue isolada politicamente, mas permanece cotada.

  • E no campo federal, Jair Martins, ex-prefeito de Conceição do Araguaia, articula candidatura à Câmara dos Deputados pelo Pará, com apoio do governador Helder Barbalho, também apontado como possível nome para disputar a presidência da República.

Tendência: Alianças ainda incertas, mas palanques começam a se formar

O segundo semestre de 2025 deve ser marcado por intensa articulação política, troca de partidos e movimentos estratégicos voltados à montagem de coligações estaduais. Com a possibilidade de Lula disputar a reeleição, e com o bolsonarismo reorganizando sua base em torno de Michelle ou Tarcísio, o Tocantins será um dos estados-chave na disputa pelo Centro-Norte.

O Diário Tocantinense seguirá acompanhando, com cobertura exclusiva e atualização permanente dos bastidores eleitorais.

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