O mundo católico viveu um dos momentos mais solenes de sua história neste sábado, 26 de abril de 2025.
O funeral do Papa Francisco, celebrado na Praça de São Pedro, no Vaticano, reuniu cerca de 50 chefes de Estado e 130 delegações internacionais, além de milhares de fiéis que se despediram do pontífice com emoção e reverência.
A missa fúnebre foi presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, respeitando o desejo de Francisco de uma cerimônia simples e sóbria.
Sepultamento: simplicidade até o fim
Após a celebração, o corpo de Francisco foi trasladado para a Basílica de Santa Maria Maior, onde foi sepultado em uma tumba modesta, conforme seus próprios pedidos.
O caixão de madeira, que continha moedas e medalhas cunhadas durante seu pontificado, foi lacrado após a leitura do Rogito — documento oficial que resume a trajetória e os atos mais importantes de sua vida.
A cerimônia de sepultamento foi reservada, com presença restrita a familiares e ao cardeal camerlengo Kevin Joseph Farrell.
Chefes de Estado presentes
O funeral atraiu uma impressionante lista de lideranças globais.
Entre os presentes estavam:
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Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil)
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Donald Trump (ex-presidente dos EUA)
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Volodymyr Zelensky (Ucrânia)
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Emmanuel Macron (França)
O protocolo de recepção dos líderes seguiu a ordem alfabética francesa, tradicional no Vaticano para eventos diplomáticos dessa magnitude.
Conclave: sucessão já tem data e regras
O Conclave para a eleição do novo Papa foi oficialmente convocado para começar no dia 7 de maio, na Capela Sistina.
Participarão 135 cardeais com menos de 80 anos, e a escolha exigirá uma maioria qualificada de dois terços dos votos.
Os cardeais permanecerão isolados do mundo exterior durante todo o processo, realizando até quatro votações diárias.
O sinal da escolha virá da tradicional fumaça branca liberada pela chaminé da Capela Sistina.
Quem são os nomes cotados para suceder Francisco?
Vários cardeais despontam como favoritos nos bastidores:
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Pietro Parolin (Itália), secretário de Estado do Vaticano, visto como figura de estabilidade diplomática.
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Matteo Zuppi (Itália), arcebispo de Bolonha, com forte apelo popular e pastoral.
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Luis Antonio Tagle (Filipinas), prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, nome associado à globalização da Igreja.
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Peter Turkson (Gana), símbolo de representatividade africana e de compromisso com temas sociais.
A expectativa é que a escolha reflita os novos desafios da Igreja: renovação missionária, defesa dos pobres e diálogo com o mundo contemporâneo.
Um legado de fraternidade e serviço
O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, deixa uma marca histórica como o primeiro pontífice latino-americano e jesuíta a liderar a Igreja.
Seu legado é indissociável da ênfase na misericórdia, na fraternidade humana, na simplicidade evangélica e na defesa dos pobres.
A sua morte encerra uma era marcada por gestos de humanidade e corajosos chamados à paz global — mas abre uma nova página na história da Igreja Católica.
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