Abalo foi registrado a 10 km de profundidade e gerou pânico na capital peruana. Especialistas alertam para atividade sísmica crescente na região andina.
Diário Tocantinense- Santiago-Um terremoto de magnitude 6,1 na Escala Richter atingiu a capital do Peru, Lima, na tarde desta segunda-feira (16), deixando ao menos uma pessoa morta e provocando deslizamentos de terra na região metropolitana. O epicentro foi localizado a cerca de 40 quilômetros da cidade, a uma profundidade de 10 quilômetros, segundo o Instituto Geofísico do Peru (IGP).
O tremor, sentido por volta das 13h35 (horário de Brasília), causou pânico entre moradores, que correram para as ruas em busca de segurança. Imagens que circularam nas redes sociais mostram prédios balançando, fachadas com rachaduras e queda de estruturas em áreas mais antigas da cidade.
A vítima fatal é um homem de 36 anos que sofreu um traumatismo craniano ao ser atingido por destroços em um bairro periférico. O Ministério da Saúde do Peru informou que ao menos sete pessoas foram atendidas com ferimentos leves.
As autoridades locais ainda avaliam os danos estruturais e o risco de novos deslizamentos, especialmente em encostas e morros da capital. Escolas e prédios públicos foram evacuados preventivamente.
Região andina sob atenção
A Cordilheira dos Andes está entre as áreas de maior atividade sísmica do planeta, devido ao encontro entre as placas tectônicas de Nazca e Sul-Americana. O Peru, localizado sobre esse cinturão de fogo do Pacífico, registra centenas de tremores por ano, embora poucos tenham intensidade elevada.
Para o sismólogo Lucas Campos, o evento desta segunda-feira reforça a necessidade de preparação contínua da população para fenômenos naturais de grande impacto.
— Tremores com magnitude acima de 6 são considerados significativos e têm potencial de causar vítimas e danos estruturais, principalmente em áreas urbanas densas como Lima. O problema é que boa parte das construções na capital peruana não seguem padrões internacionais de resistência sísmica — afirmou o especialista.
Repercussão e monitoramento
O terremoto também foi sentido em cidades do interior do Peru e até em regiões da fronteira com o Equador. O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico descartou, até o momento, risco de ondas gigantes no litoral.
O governo peruano mobilizou equipes da Defesa Civil, das Forças Armadas e da Cruz Vermelha para reforçar o atendimento às áreas mais afetadas. A presidente Dina Boluarte publicou nota lamentando a morte registrada e disse que o país está “em alerta máximo para evitar novas tragédias”.
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