O Brasil já confirmou 373 casos de Mpox (antiga varíola dos macacos) em 2025, de acordo com o painel de monitoramento do Ministério da Saúde. O estado do Pará contabiliza 19 infectados e duas mortes pela doença — incluindo a do cantor paraense Gutto Xibatada, falecido em abril após agravamento do quadro clínico.
Segundo a Secretaria de Saúde do Pará, os casos se concentram majoritariamente na Região Metropolitana de Belém, com 14 registros na capital, três em Ananindeua, um em Marituba e outro importado de outro estado. Apesar das mortes, a pasta descarta surto ou epidemia local, mas reforça que há acompanhamento contínuo da evolução dos casos.
Expansão nacional e grupos de risco
Em todo o país, os dados mais recentes apontam para estabilidade no número de notificações, mas a circulação do vírus continua. O perfil epidemiológico dos casos registrados em 2025 é semelhante ao dos anos anteriores: a maioria dos infectados é do sexo masculino, com idade entre 30 e 39 anos.
O Ministério da Saúde mantém o isolamento obrigatório para casos confirmados, bem como a notificação compulsória em até 24 horas para novos registros. A pasta adquiriu 34.560 novos testes para ampliar o diagnóstico precoce e melhorar a resposta nacional. Esses exames, segundo o ministério, permitem também o sequenciamento genômico do vírus, essencial para detectar novas variantes.
Tratamento, vacinação e vigilância
O tratamento da mpox segue sendo sintomático. Não há medicamentos antivirais específicos aprovados para uso no Brasil. O protocolo clínico orienta que a testagem seja feita por PCR, com análise laboratorial das lesões de pele do paciente.
A vacinação é restrita a públicos prioritários, como pessoas imunossuprimidas vivendo com HIV/aids e profissionais que atuam diretamente com o vírus em laboratório. As vacinas Jynneos e Imvanex estão autorizadas para uso emergencial no país, com diretrizes específicas para vacinação pré e pós-exposição.
Secretarias estaduais, especialmente no Norte do país, têm realizado treinamentos e divulgado notas técnicas para capacitar equipes médicas na triagem, coleta de exames e monitoramento dos casos. No Pará, a vigilância inclui rastreamento de contatos e ações educativas.
Cenário internacional e alerta da OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) restabeleceu o status de emergência sanitária para a mpox em agosto de 2024, após o surgimento de uma nova cepa mais transmissível na África Central. No Brasil, a cepa predominante segue sendo a Clado IIb, considerada menos agressiva, mas ainda com capacidade de causar complicações, principalmente em pessoas com comorbidades.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) identificou circulação ativa do vírus em pelo menos cinco países da América Latina em 2025, incluindo o Brasil, com destaque para a importância da vigilância laboratorial.
Como se prevenir
O Ministério da Saúde e especialistas em infectologia reforçam que a população pode adotar medidas simples para se proteger da mpox:
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Evitar contato direto com pessoas infectadas ou com sintomas, incluindo lesões cutâneas, febre e mal-estar;
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Não compartilhar objetos de uso pessoal, como roupas, toalhas e talheres;
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Manter a higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel;
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Desinfetar superfícies e roupas que tenham tido contato com pessoas infectadas;
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Procurar atendimento médico imediato diante de sintomas compatíveis com a doença.
O isolamento adequado e a notificação oportuna são essenciais para evitar a disseminação da infecção, segundo os protocolos oficiais.
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