Sua notícia diária em primeia mão!
quinta-feira 19, junho, 2025
Sua notícia diária em Primeira mão!
quinta-feira 19, junho, 2025
Desde Março de 2018

-

spot_img

Ataque israelense elimina chefe militar do Irã e eleva risco de conflito direto no Oriente Médio

Operação aérea em Teerã mata general Ali Shadmani e representa escalada sem precedentes entre Israel e Irã, com resposta militar em curso e temor global de guerra regional

Redação I Diário Tocantinense | Internacional & Defesa- Um ataque aéreo atribuído a Israel matou, na última semana, o major-general Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã. A ação, realizada na madrugada de quinta-feira (13), atingiu uma instalação militar em Teerã, capital iraniana, e foi classificada por especialistas internacionais como a mais agressiva ação israelense contra o núcleo estratégico da defesa iraniana desde o início das hostilidades indiretas entre os dois países.

O bombardeio faz parte de uma operação batizada informalmente por analistas israelenses de “Rising Lion”, que também teria atingido alvos militares em cidades como Isfahan, onde há centros de pesquisa nuclear, Tabriz(importante base aérea), e Natanz, que abriga instalações nucleares sensíveis. Embora o governo israelense mantenha sua política de silêncio oficial sobre operações em território iraniano, fontes ligadas ao serviço de inteligência ocidental confirmam o envolvimento direto de forças israelenses.

Morte confirmada e crise militar

A morte do general Shadmani foi confirmada por agências internacionais como CNN, Sky News e Al Jazeera. Considerado o cérebro tático da defesa iraniana, Shadmani era o segundo nome mais poderoso na hierarquia militar do país, abaixo apenas do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei. Ele também integrava o comando central da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), força de elite do regime.

A destruição da instalação onde Shadmani estava reuniu-se com outros oficiais desencadeou uma reação imediata por parte do Irã. Mísseis e drones iranianos foram lançados contra alvos em Tel Aviv, Haifa e Beer Sheva. O sistema de defesa israelense Iron Dome interceptou parte dos projéteis, mas relatos da imprensa local apontam pelo menos sete mortos e dezenas de feridos, a maioria civis.

Especialistas veem escalada inédita

Para o professor de Relações Internacionais Dr. José A. Carvalho, da Universidade de Brasília (UnB), o ataque representa “um divisor de águas nas relações bélicas entre Israel e Irã”.

“Trata-se de um assassinato político-militar de alto escalão, dentro do território iraniano. Isso se enquadra em categorias limítrofes do direito internacional, podendo ser considerado ato de guerra ou execução extrajudicial, a depender da leitura diplomática adotada”, afirmou.

Segundo o especialista, o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que trata do direito à legítima defesa, pode ser invocado por Teerã para justificar uma resposta proporcional ou até mesmo ofensiva, caso argumente que há risco contínuo à sua soberania.

Além disso, a ausência de coordenação diplomática internacional aumenta o risco de a crise atingir países vizinhos, como Líbano e Síria, tradicionalmente usados como plataformas de apoio iraniano na região.

Repercussão internacional

O ataque foi seguido por reações intensas no cenário global. Os Estados Unidos declararam apoio à segurança de Israel, embora tenham evitado confirmar participação direta na operação. O ex-presidente Donald Trump, provável candidato republicano em 2024, elogiou o que chamou de “ação decisiva contra o eixo do mal”.

Na Europa, os governos da França, Alemanha e Reino Unido fizeram apelos por “contenção e diálogo imediato”, alertando para os riscos de um colapso diplomático no Oriente Médio. A Rússia e a China — que vinham exercendo mediação informal entre Irã e países do Golfo — emitiram notas críticas, pedindo que Israel pare com “ações unilaterais que ameaçam a estabilidade regional”.

Já a Liga Árabe expressou preocupação com o avanço do conflito e convocou uma reunião de emergência em Cairo, no Egito.

Resposta militar do Irã: fase inicial ou prelúdio?

Analistas do Institute for the Study of War apontam que a retaliação iraniana com drones e mísseis faz parte da primeira fase de um possível ciclo de resposta mais agressiva. “O Irã não deixará a morte de um comandante de Estado-Maior sem consequências estratégicas. O mais provável é que veja-se uma guerra de sombras se tornando visível”, aponta relatório da entidade.

Já o analista político Mehdi Khosravi, exilado iraniano em Londres, afirma que a morte de Shadmani foi sentida como “uma humilhação nacional”, comparável à eliminação de Qassem Soleimani em 2020. “Desta vez, porém, não foi em Bagdá, mas em Teerã. A mensagem de Israel é clara: pode atingir qualquer um, em qualquer lugar.”

Impacto econômico imediato

O ataque e a subsequente escalada elevaram os preços do petróleo em mais de 12% em menos de 48 horas, com o barril do tipo Brent sendo negociado a US$ 91,75. Bolsas asiáticas e europeias operaram em queda, e o mercado de aviação na região foi suspenso. Empresas aéreas como Lufthansa, Emirates e Turkish Airlines cancelaram voos para Teerã e Tel Aviv por tempo indeterminado.

Silêncio estratégico de Israel

Até o fechamento desta edição, o governo de Benjamin Netanyahu não confirmou a autoria do ataque, seguindo sua doutrina de ambiguidade estratégica em ações de alta complexidade. No entanto, ministros do governo israelense celebraram nas redes sociais o que chamaram de “avanço na neutralização do terror iraniano”.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) limitou-se a dizer que “ações defensivas estão em curso para garantir a segurança do povo israelense”.

Próximos passos

A comunidade internacional pressiona por moderação, mas o tom entre os dois países segue de confronto. A expectativa é que o Conselho de Segurança da ONU seja convocado para uma sessão de emergência, embora Rússia e China devam bloquear qualquer resolução que condene o Irã.

No campo militar, a Guarda Revolucionária iraniana elevou o nível de alerta em bases na fronteira com o Iraque e deslocou unidades de mísseis para posições avançadas. Israel, por sua vez, reforçou o sistema Iron Dome e convocou reservistas para regiões do norte, próximas à fronteira com o Líbano.

Contexto: por que o ataque importa?

  • General Ali Shadmani era o arquiteto da estratégia de defesa do Irã e responsável por operações externas ligadas ao Hezbollah, Houthis e milícias no Iraque.

  • A operação marca a primeira vez que um ataque aéreo israelense atinge Teerã diretamente, sinalizando uma nova fase da guerra indireta.

  • O conflito Israel-Irã pode sair da lógica de guerra por procuração e evoluir para choque direto entre dois Estados armados e influentes, com risco de envolvimento de potências globais.

A escalada do conflito entre Israel e Irã chega, portanto, a um novo patamar — com repercussões diplomáticas, econômicas e militares que não devem se restringir à região.

A cobertura seguirá com atualizações contínuas. Para vídeo e inserções multimídia, acesse nossas redes e acompanhe os desdobramentos em tempo real.

Link para compartilhar:

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Últimas noticias

Leonardo revive luto por Leandro, Alexandre Pires emociona em DVD, Maiara defende o pai no palco e Spirit — o cavalo real — completa...

Leonardo revive a dor: “Jamais vou esquecer aquela noite” Leonardo voltou esta semana à cidade onde, há 26 anos, recebeu...

Davi, Golias e o discernimento nas batalhas: o que a Bíblia ensina sobre quais guerras devemos enfrentar

Em tempos de hiperconectividade e polarização crescente, cresce também a quantidade de batalhas — simbólicas ou reais — travadas...

Ksarin mira Assembleia Legislativa em 2026 e articula base a partir de Colinas

Diário Tocantinens-O prefeito de Colinas do Tocantins, Josemar Ksarin (União Brasil), começa a ser citado nos bastidores como um...

COLINAS: Invasão de lote segue sem representação ao MP; Polícia Civil investiga caso

Diário Tocantinense-Mais de 48 horas após o registro de uma denúncia de invasão de lote urbano em Colinas do...
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_img

De Olho na Política: Pré-campanha em campo: os bastidores da corrida por 2026 no Tocantins

Com as eleições de 2026 no horizonte, nomes antigos, novas apostas e articulações silenciosas movimentam os bastidores da política...

Falamansa anuncia show inédito em Palmas no Arraiá da Capital 2025

Diário Tocantinense-Palmas se prepara para receber um dos maiores ícones do forró universitário nacional. Em vídeo enviado com exclusividade...
spot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img