Em resposta exclusiva ao Diário Tocantinense, Itamaraty manifesta preocupação com escalada militar no Oriente Médio e defende contenção, paz e diálogo multilateral
Ricardo Fernandes | Diário Tocantinense- O Ministério das Relações Exteriores do Brasil respondeu com exclusividade ao Diário Tocantinense e condenou com veemência os recentes ataques militares dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, classificando a ação como uma “flagrante violação da Carta das Nações Unidas” e um risco iminente à saúde humana e à estabilidade global.
🧨 A ofensiva, anunciada pelo presidente Donald Trump e executada em pontos estratégicos como Fordow, Natanz e Isfahan, provocou reações diplomáticas em todo o mundo. O Brasil, por meio do Itamaraty, reiterou seu compromisso com a paz, o desarmamento e o uso pacífico da energia nuclear.
📣 Em nota ao Diário Tocantinense, o Itamaraty afirmou:
“O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência os ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional. Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e das normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)”.
📍 A chancelaria brasileira ainda destacou que tais ações “representam grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, expondo-as ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”.
🛡️ Medidas diplomáticas e de segurança
Em resposta aos questionamentos do Diário Tocantinense, o Itamaraty informou que:
Monitora permanentemente a situação dos diplomatas brasileiros no Irã, em Israel e nos países vizinhos; Não há, até o momento, plano de repatriação emergencial, mas uma força-tarefa está pronta para atuação caso haja agravamento da segurança; O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em articulação com líderes internacionais e poderá participar de reuniões extraordinárias da ONU e do G20 nos próximos dias; O Brasil defende uma ação multilateral coordenada com países da América Latina e parceiros do Sul Global, priorizando a diplomacia e a contenção.
💰 Impactos econômicos e estratégias de contenção
O governo brasileiro reconhece que os efeitos do conflito podem atingir diretamente os mercados globais, inclusive o Brasil. Segundo fontes do Ministério da Economia ouvidas pela reportagem:
O abastecimento de petróleo está sendo monitorado em tempo real, com participação da Petrobras em reuniões emergenciais; Não se descarta contenção de derivados ou reajuste de combustíveis nos próximos dias, a depender do cenário internacional; A alta nos preços internacionais já repercute na B3 (bolsa de valores brasileira), e ações emergenciais poderão ser tomadas; Não há, por ora, plano de contingenciamento de alimentos, mas o governo acompanha possíveis gargalos logísticos no comércio exterior.
📢 Conclusão
Ao reafirmar sua defesa do uso exclusivamente pacífico da energia nuclear, o Brasil alertou que “as consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis à paz, à estabilidade internacional e ao regime global de não proliferação”.
📌 O Diário Tocantinense continuará acompanhando o desenrolar do conflito e trazendo informações exclusivas, entrevistas com especialistas e análises geopolíticas sobre o impacto da guerra no Oriente Médio para o Brasil e o mundo.
Link para compartilhar: