Cerca de 60 moradores do Assentamento Dina Guerrilheira, localizado na zona rural de Palmeirante, no norte do Tocantins, realizaram na última quinta-feira (21) uma manifestação pacífica em frente à sede da Prefeitura Municipal. O grupo reivindica a entrega dos documentos de regularização fundiária, prometidos pela gestão do prefeito Raimundinho Brandão (PDT) em reuniões anteriores.
A mobilização, registrada em vídeo e divulgada pelo portal Colinas Notícias, teve início por volta das 9h e seguiu durante toda a manhã. Com cartazes e palavras de ordem, os assentados cobraram a entrega dos títulos definitivos de posse das terras, documentos essenciais para garantir segurança jurídica às famílias e possibilitar o acesso a políticas públicas voltadas ao desenvolvimento rural, como linhas de crédito, assistência técnica e inclusão em programas sociais.
Promessa antiga e expectativas frustradas
O Assentamento Dina Guerrilheira abriga mais de 120 famílias que vivem da agricultura familiar. De acordo com relatos dos moradores, a promessa de regularização fundiária foi feita ainda em 2022, durante audiências públicas e encontros promovidos pela prefeitura. À época, representantes do Executivo municipal teriam se comprometido a acelerar os trâmites para a titularização das terras, mas, passados mais de dois anos, os títulos ainda não foram entregues.
“Não queremos mais promessas, queremos o papel na mão. Sem ele, não conseguimos acessar crédito rural nem garantir que nossos filhos herdem o que construímos”, afirmou uma das líderes comunitárias presentes na manifestação.
Nota da prefeitura
Em resposta à repercussão do protesto, a Prefeitura de Palmeirante divulgou uma nota oficial reconhecendo a legitimidade da reivindicação e atribuindo os atrasos a entraves burocráticos. Segundo o comunicado, o processo de regularização fundiária depende de etapas técnicas que envolvem órgãos estaduais e federais, o que teria dificultado o cumprimento do cronograma inicialmente previsto.
“Reafirmo meu compromisso com a população e garanto que estamos trabalhando com responsabilidade para garantir o direito à terra aos moradores do assentamento”, declarou o
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