Vigilância Sanitária intensifica ações e alerta empresários sobre a responsabilidade no controle de focos do mosquito transmissor da dengue
Em resposta ao aumento dos casos de dengue e demais arboviroses em todo o país, a Prefeitura de Palmas, por meio da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou uma força-tarefa de fiscalização em estabelecimentos comerciais da capital. A ação tem como objetivo identificar e eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, além de conscientizar empresários e responsáveis legais sobre a responsabilidade na prevenção.
De acordo com os fiscais, a operação ocorre em diferentes regiões da cidade e tem caráter tanto orientativo quanto punitivo. Os agentes estão verificando terrenos baldios, depósitos de materiais, oficinas, borracharias, supermercados, lojas de materiais de construção e outros espaços que, historicamente, apresentam risco de acúmulo de água parada — ambiente ideal para a reprodução do mosquito.
Comerciantes podem ser autuados em caso de reincidência
A Vigilância Sanitária alerta que os estabelecimentos com reincidência de focos de larvas ou mosquito adulto poderão ser notificados, multados e até interditados, conforme determina o Código Sanitário Municipal.
“É dever do comerciante manter seu imóvel limpo, livre de criadouros e acessível à fiscalização. Essa é uma responsabilidade coletiva e legal”, afirmou a coordenadora da Vigilância Sanitária de Palmas, em nota oficial.
Além da inspeção física, os agentes estão distribuindo materiais educativos e orientando funcionários e gerentes sobre boas práticas de prevenção, como a manutenção de calhas, descarte correto de lixo e armazenamento adequado de materiais.
Panorama da dengue em Palmas
Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, Palmas registrou aumento significativo nos casos de dengue nas primeiras semanas de março. A circulação simultânea de dengue, zika e chikungunya preocupa as autoridades, que intensificaram campanhas de combate ao vetor em escolas, residências e comércios.
Com a chegada do período de chuvas, o risco de proliferação do Aedes aegypti aumenta, exigindo atenção redobrada da população e dos setores produtivos. O setor comercial, especialmente, exerce papel estratégico devido ao volume de circulação de pessoas e estruturas com maior potencial de acúmulo de água.
Responsabilidade compartilhada entre poder público e setor privado
A prefeitura reforça que a fiscalização continuará ao longo das próximas semanas e que a meta é reduzir o número de casos antes do pico sazonal da doença. Para isso, a atuação do setor privado é considerada fundamental.
“Não se trata apenas de evitar multas. Trata-se de preservar a saúde da população, inclusive dos próprios funcionários e clientes dos estabelecimentos”, destaca a nota da Secretaria Municipal de Saúde.
Como evitar autuações e contribuir com o combate
Empresários que desejarem evitar autuações devem seguir as seguintes recomendações:
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Eliminar qualquer recipiente com água parada, mesmo que pequeno
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Manter caixas d’água e tonéis sempre bem fechados
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Verificar calhas, lajes, lonas e plantas que acumulam água
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Armazenar pneus e garrafas de forma coberta e em locais secos
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Facilitar o acesso dos agentes de fiscalização aos espaços
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Participar de ações educativas promovidas pelos órgãos públicos
O combate ao mosquito Aedes aegypti em Palmas é uma tarefa coletiva. A fiscalização nos comércios, além de preventiva, é educativa, e busca engajar todos os setores da cidade no enfrentamento a um problema de saúde pública que afeta centenas de pessoas todos os anos. A responsabilidade é de todos — e começa pelo próprio quintal.
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