Dados do Censo Escolar 2024 mostram crescimento em todas as etapas de ensino no estado, impulsionado pelo programa Escola em Tempo Integral
Palmas — O Tocantins registrou avanço significativo na oferta de educação em tempo integral em todas as etapas da rede pública entre 2022 e 2024. É o que revelam os dados do Censo Escolar 2024, divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Segundo o levantamento, o percentual de matrículas em jornada ampliada — de no mínimo sete horas diárias ou 35 semanais — aumentou de 26,3% para 36,3% no estado. O crescimento foi superior à média nacional, que passou de 18,2% em 2022 para 22,9% em 2024.
Expansão por etapa de ensino
O crescimento no Tocantins foi impulsionado por políticas integradas entre os governos federal, estadual e municipais, como o programa Escola em Tempo Integral. Os dados por etapa mostram avanços consistentes:
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Creches públicas: de 39,1% (2022) para 41,1% (2024)
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Pré-escola: de 15,8% para 15,9%
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Anos iniciais do ensino fundamental: de 37,4% para 46,8%
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Anos finais do ensino fundamental: de 20,9% para 37,9%
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Ensino médio: de 17,6% para 28,1%
Esse desempenho posiciona o estado como um dos mais avançados do país na consolidação da educação integral, especialmente no ensino fundamental e médio.
Comparativo nacional
Em escala nacional, o Censo Escolar também aponta avanços, embora em ritmo mais moderado:
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Creches: de 56,8% para 59,7%
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Pré-escola: de 12,1% para 15,6%
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Ensino fundamental: de 14,4% para 19,1%
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Ensino médio: de 20,4% para 24,2%
O Brasil saltou de 18,2% para 22,9% de matrículas em tempo integral em todas as etapas da educação básica entre 2022 e 2024.
Escola em Tempo Integral: alcance e impacto
O programa Escola em Tempo Integral é uma das principais estratégias do governo federal para expandir a jornada escolar no país. No ciclo 2023-2024, foram 965 mil matrículas declaradas em tempo integral. Para o ciclo 2024-2025, já foram pactuadas 943 mil, que seguem em fase de declaração até 9 de maio.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou o papel estratégico do programa. “Criamos o Escola em Tempo Integral com base nos dados do Censo Escolar. Os avanços são fruto de um trabalho coordenado com estados e municípios. Nossa meta é garantir que a educação básica avance com equidade e qualidade”, disse.
Santana também ressaltou que o ensino médio já está próximo de alcançar a meta de 25% de matrículas integrais definida pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para 2024. “Já chegamos a praticamente 23%. É um marco importante”, afirmou.
Políticas públicas e novos desafios
Outro dado de destaque é o aumento de entes federativos com políticas próprias de educação integral: eram 17% em 2022, e passaram para 64% em 2024, segundo o MEC.
O programa prioriza escolas com estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, oferecendo assistência técnica e financeira, além de orientação pedagógica alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
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