De janeiro a novembro deste ano, a exportação de carne bovina in natura totalizou US$ 652,7 milhões e 157,1 mil toneladas

Da Redação

Em um ano, o quilo da proteína aumentou 56% para o consumidor final, aponta Procon.

É notório que o preço da carne bovina está cada vez mais alta para o consumidor nos açougues e supermercados. Órgãos oficiais que mensuram a cotação do valor da arroba do boi gordo informam uma escalada de valorização da carne nos últimos meses, com maior aceleração nos últimos dias, chegando ao preço mais alto de R$ 290,00 em algumas praças do País. Mas, porque a refeição à base de carne bovina está mais salgada?

Em um momento atípico, marcado pela pandemia do novo coronavírus e pelo aumento das exportações da carne bovina para a China - principal comprador do país -, os cortes de carne sofreram uma alta expressiva em relação a janeiro. A picanha, por exemplo, teve uma elevação média de 23% nos supermercados e açougues desde o início do ano. Já a maminha ficou 12% mais cara.

Os principais motivos para o aumento nos preços é a redução da oferta de animais e aumento das exportações. O número representou queda de 13,65% em relação ao mesmo período de 2019. Do total de animais produzidos, 1,51 milhão foram vacas, o que representou queda de 18,8% em relação a 2019 e a participação foi 5,93% menor, equivalente a 45,75% do total de animais abatidos.  

Relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta que as indústrias inscritas no Serviço de Inspeção Federal (SIF) abateram 2,8 milhões de bovinos, entre janeiro e novembro de 2020, redução de 12,73% no comparativo com o ano anterior.

De janeiro a novembro, a exportação de carne bovina in natura totalizou US$ 652,7 milhões e 157,1 mil toneladas. Os números representam alta de 2,8% em relação ao valor de US$ 634,9 milhões de igual período de 2019 e queda de 8,18% no volume, frente as 171,1 mil toneladas do ano passado.

Para mais informações sobre cotações acesse: https://www.scotconsultoria.com.br/cotacoes/ 

Saiba mais

Para compreender a atual situação é valido ressaltar o IPS (Índice de Preços dos Supermercados), aponta que os principais itens que puxaram a inflação geral em dezembro para cima são as proteínas. A explicação é que o aumento se deve ao crescimento dos custos de produção por conta da elevação da ração dos animais, ao aumento da demanda por suíno e à demanda internacional de importação. No geral, os cortes bovinos subiram 3,8% e as aves 2%, frente 5,3% e 9,1% registrados em outubro, respectivamente. Os suínos se mantiveram em 8%.

Consumidores

Em entrevistas para o Diário Tocantinense, os trabalhadores informaram que perceberam uma queda na movimentação e nas vendas. Os consumidores afirmam que não há como consumir o mesmo que antes, em decorrência dos preços altos.  

O aposentado José Benedito afirmou que não dá para fazer churrasco neste fim de ano. “A carne está muito cara, não tem como fazer churrasco nesse fim de ano para toda família não, o bolso não aguenta. Tem de optar pelas opções mais baratas, como frango e linguiça”, relatou. 

Outro consumidor, que preferiu não se identificar, afirmou que para quem não vive sem a proteína animal tem sido difícil. 

“Sou um consumidor assíduo de carne, para mim a carne bovina é essencial, mas nesse momento eu estou tentando diminuir o consumo, porque não consigo pagar esses valores”, informou.

Atendimento

O Procon Tocantins funciona de segunda a sexta, das 8 às 18 horas, e está localizado na Quadra 103 Norte/ACNO-02 Av. LO 02, Lote 57/59, Palmas/TO. O atendimento também pode ser feito por meio do Disque Procon 151, o Whats Denúncia (63) 9216-6840, ou ainda junto aos núcleos https://procon.to.gov.br/institucional/nucleos-regionais/ .

Link da pesquisa: https://central3.to.gov.br/arquivo/536413/ .

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