Prejuízo do apagão global pode chegar a US$ 1 bilhão; entenda o caso

Redação I Thiago Alonso

Na sexta-feira (19), uma falha na atualização de software da empresa de segurança cibernética CrowdStrike provocou uma paralisação tecnológica global, causando impactos significativos em diversas empresas e serviços. O problema, descrito por especialistas como a "maior interrupção de TI da história", resultou no cancelamento de mais de 5.000 voos comerciais em todo o mundo e interrompeu negócios que vão desde vendas no varejo até procedimentos hospitalares.

A falha foi causada por um código incorreto na atualização da ferramenta de segurança Falcon, usada pela CrowdStrike para detectar possíveis invasões de hackers. Segundo a Microsoft, a atualização defeituosa afetou 8,5 milhões de dispositivos Windows, principalmente no ambiente corporativo. Apesar dos esforços para corrigir o problema, a normalização completa dos sistemas pode levar dias. 

Os efeitos do apagão cibernético foram sentidos em vários setores, inclusive no Tocantins. Instituições financeiras como Banco do Brasil, Itaú e Bradesco registraram instabilidades em seus sistemas online e aplicativos, dificultando a realização de transações bancárias, o acesso a extratos e saldos, e a utilização de serviços de pagamento. Órgãos e Autarquias do Governo do Tocantins, também tiveram serviços afetados como o do Detran, Naturatins, dentre outros. 

O setor varejista também sofreu com a interrupção. Lojas online e sistemas de pagamento de grandes redes como Magazine Luiza, Americanas e Amazon enfrentaram problemas para processar pedidos e concluir compras online, causando frustração entre os consumidores e prejuízos financeiros.

Segurança no Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou a necessidade de uma legislação para regulamentar a inteligência artificial no Brasil, em resposta aos efeitos do apagão cibernético. Pacheco é autor do projeto de lei PL 2.338/2023, que visa estabelecer diretrizes claras para o uso de ferramentas virtuais e garantir a segurança cibernética.

"Causa-nos apreensão os efeitos do apagão cibernético que atingiu operações de transporte, saúde e bancárias em regiões do planeta e no Brasil. Que os responsáveis atuem de maneira célere e transparente para o restabelecimento dos serviços e, principalmente, da segurança adequada aos usuários. A conectividade contribui para a amplitude de serviços essenciais do cotidiano. Mas quando há uma falha, a reação em cadeia é prejudicial a milhares de pessoas.", afirmou Pacheco, em declaração oficial.

Prejuízos

Especialistas estimam que os custos do colapso global da Internet na sexta-feira poderiam facilmente ultrapassar US$ 1 bilhão, de acordo com Patrick Anderson, CEO do Anderson Economic Group.

A CrowdStrike, responsável pela falha, está colaborando com a Microsoft, Amazon Web Services e Google Cloud Platform para desenvolver soluções que possam acelerar a correção dos sistemas afetados. Enquanto isso, empresas e usuários esperam que os serviços sejam restabelecidos o mais rápido possível, minimizando os danos econômicos e operacionais causados pelo incidente.

O Diário Tocantinense, solicitou nota ao Governo do Tocantins, via e-mail e aguarda uma resposta.

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