A análise considera ainda que o clima é o principal fator de risco para o desenvolvimento da cultura

Da Redação

O menor volume de chuvas registrado durante o mês de abril favoreceu o avanço do processo de colheita da cultura da soja e, mesmo que dispersas, têm assegurado o bom desenvolvimento das culturas de segunda safra no estado de Tocantins. É o que mostra o 8º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta semana, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo os dados apurados pela Companhia, as principais regiões produtoras tocantinenses do milho segunda safra registrou bons volumes de chuvas para o estágio fenológico em que se encontra o grão (em desenvolvimento vegetativo). No entanto, a análise considera ainda que o clima é o principal fator de risco para o desenvolvimento da cultura, uma vez que 75% do cereal foi semeado fora da janela ideal de plantio, ou seja, a partir do primeiro decêndio de março.

Diante do alto risco, a estatal buscou ser conservadora em suas projeções e, mesmo com os bons índices de chuvas, prevê uma produção em torno de 1 milhão de toneladas, queda de 15,2% se comparada com o ano passado. Isso se deve à combinação de uma menor área plantada com um desempenho das lavouras abaixo do esperado. No período 2019/20 a área da segunda safra de milho foi de 240,7 mil hectares, neste período se estima 214,5 mil hectares, e a produtividade deve passar de 5.084 kg/ha para 4.840 kg/ha. No entanto, este último item ainda tende a se alterar à medida que a cultura se desenvolve.

Já o feijão segundo safra teve o plantio concluído ainda no mês de março, assim a maioria das lavouras encontra-se nos estágios de desenvolvimento vegetativo e pré-floração. O volume de chuvas vem assegurando o bom desenvolvimento da cultura, ainda assim a produtividade deve ser impactada e tende a ficar em 1.036 kg/ha. Já a produção deve registrar um crescimento maior, passando de 12,3% e podendo chegar a 36,6 mil toneladas, impulsionada pela maior área plantada para a leguminosa.

Outra cultura que tem se beneficiado com as chuvas esparsas é o algodão. A Conab estima uma ampliação na área destinada ao cultivo da fibra em 5,9% em relação à safra passada, ficando em torno de 7,1 mil hectares. A produtividade da pluma do produto tende a ficar em torno de 1.520 kg/ha, resultando em uma expectativa de 10,8 mil toneladas de produção.

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