O leite é o produto mais caro entre os itens básicos do café da manhã dos brasileiros.
- Ninah Beatriz / Da Redação
O preço do leite tanto em caixinha quanto in natura teve aumento nas prateleiras dos supermercados, devido a inflação durante todo o ano de 2022. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o leite ficou 60,81% mais caro nos últimos 12 meses.
Com a chegada das chuvas de primavera, incrementos na produção, maior importação de derivados e o enfraquecimento da demanda, os preços dos produtos lácteos devem apresentar queda, aponta estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O preço do leite longa vida, que havia subido 25,46% em julho e caído 1,78% em agosto, teve recuo de 13,71% em setembro, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.
O mesmo cenário é observado com os preços da muçarela, que registrou desvalorização de 18% em setembro e de 15% em agosto.
Cenário dos preços no Tocantins
Segundo o presidente da Câmara setorial do leite do Tocantins, Marco Antônio Pitondo, a alta substancial durante todo o ano impactou o consumidor e o produtor rural. No Estado, desde o mês de outubro o leite apresenta queda no preço. "Infelizmente, o repasse das redes de supermercados sempre é um pouco mais lento, pois vai de acordo com o estoque do produto comprado por um valor mais alto. Então a regularização com relação ao preço do mercado pago pelo consumidor, é feita de maneira gradativa", destacou.
Ainda segundo o presidente, a tendência para o final do ano é positiva para o bolso do consumidor. "Após o período de alta durante os meses anteriores, o mercado retorna e os preços ficam mais baratos no final do ano e também durante o início de 2023. É a época do ano que as chuvas aumentam e consequentemente, a produção do leite aumenta, dessa forma reduzindo valores do leite nas prateleiras", afirmou.
