Segundo o MST a reunião foi solicitada após as investigações de tentativas de homicídio contra Cacheado serem arquivadas sem a identificação da autoria.

Da Redação

Um dos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado do Tocantins, Raimundo Nonato Oliveira, popularmente conhecido como Cacheado, foi assassinado por dois homens na madrugada de terça-feira, 13. Segundo as investigações da Polícia Civil, os assassinos chegaram encapuzados, invadiram a casa do militante e o executaram com tiros de arma de fogo, em Araguatins.

Conforme o MST, Cacheado era conhecido por sua luta, desde cedo, com as causas sociais. Iniciou sua militância nas comunidades Eclesiais de Bases, participando da Pastoral da Juventude Rural-PJR/CPT. Nos anos 2000, ingressou no MST, contribuiu com movimentos sindicais e partidos políticos, como PT, PCdoB e PSOL.

Nesta sexta, 16, o movimento se reúne com a Secretaria de Segurança Pública do estado para tratar das investigações do homicídio e, também, falar sobre a proteção dos defensores e das defensoras de direitos humanos no Tocantins. 

A reunião estava prevista para às 9h na sede da SSP, em Palmas. Segundo o MST a reunião foi solicitada diante dos fatos, onde as investigações de tentativas de homicídio contra Cacheado foram arquivadas sem a identificação da autoria. 

O MST e outros movimentos requerem à SSP que encaminhe uma equipe de Palmas para realizar as diligências e investigações, “uma vez que as autoridades locais sempre foram omissas em responder às ameaças feitas contra a vítima”, relatam. 

Quem era cacheado?

Cacheado, que tinha 46 anos, pai de três filhos. Ele era militante histórico do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e dirigente do PSOL. Homem negro e defensor da reforma agrária, dedicou sua vida à luta pelo acesso a terra e contra o latifúndio e o racismo. Anos atrás sofreu tentativas de homicídio na região em razão do conflito da luta camponesa pelo acesso à terra na região. 

Articulação

Participam da articulação, MST, Movimento Estadual dos Direitos Humanos do Tocantins (MEDH-TO), Coalizão Vozes do Tocantins, Movimento pela Soberania Popular da Mineração, Observatório de Conflitos Socioambientais do Matopiba, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Articulação Tocantinense de Agroecologia, Centro de Direitos Humanos de Palmas (CDHP), do Conselho Estadual de Direitos Humanos,  e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) Tocantins.



 

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