Investigação apontou que os envolvidos estavam cientes da ilegalidade ao transportar o material para os EUA e tentaram ocultar provas para dificultar as investigações

Redação I Thiago Alonso

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por três crimes no inquérito que investiga a venda de joias recebidas durante seu mandato. A investigação foi concluída e enviada ao Poder Judiciário na quinta-feira (4/7). Fontes informaram que as investigações revelaram a participação ativa de Bolsonaro nos atos de transporte e comercialização das joias nos Estados Unidos. O relatório do inquérito deve ser protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (05).

Os crimes pelos quais Bolsonaro foi indiciado são apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O relatório final inclui a descoberta de uma nova joia levada aos Estados Unidos para ser vendida. Além de Bolsonaro, foram indiciados o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, seu pai Mauro Cesar Cid, e os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, entre outros.

O documento foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta denúncia no STF. Em maio, a PF enviou uma comitiva aos Estados Unidos, onde policiais brasileiros, em conjunto com o FBI, visitaram uma loja de penhor onde as joias teriam sido vendidas.

A investigação apontou que os envolvidos estavam cientes da ilegalidade ao transportar o material para os EUA e tentaram ocultar provas para dificultar as investigações. O objetivo seria vender as joias para custear a permanência no país.

A expectativa é que ainda neste mês sejam concluídos os inquéritos sobre fraude no cartão de vacinas de Bolsonaro e seus familiares, além da investigação sobre sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. A investigação sobre um esquema de espionagem conduzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro deve ser encerrada em agosto.

Os indiciados por apropriação de bens públicos incluem Jair Messias Bolsonaro, Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior,  José Roberto Bueno Junior, Julio Cesar Vieira Gomes, Marcelo da Silva Vieira, Marcos Andre dos Santos Soeiro, e Mauro Cesar Barbosa Cid.

Por lavagem de dinheiro foram indiciados Jair Messias Bolsonaro, Fabio Wajngarten, Frederick Wassef, José Roberto Bueno Junior, Julio Cesar Vieira Gomes, Marcelo Costa Câmara, Mauro Cesar Barbosa Cid, Mauro Cesar Lourena Cid, e Osmar Crivelatti.

Por associação criminosa, os indiciados são  Jair Messias Bolsonaro, Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, Fabio Wajngarten, Frederick Wassef, José Roberto Bueno Junior, Julio Cesar Vieira Gomes, Marcelo da Silva Vieira, Marcos Andre dos Santos Soeiro, Mauro Cesar Barbosa Cid, Mauro Cesar Lourena Cid, e Osmar Crivelatti.

Relembre o caso das joias

A investigação sobre o caso das joias teve início quando foi descoberto que itens preciosos recebidos por Jair Bolsonaro durante seu mandato estavam sendo transportados e vendidos nos Estados Unidos. As joias, que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio público, foram desviadas e comercializadas, resultando em uma série de indiciamentos.

Em maio, uma comitiva da Polícia Federal foi enviada aos Estados Unidos para colaborar com o FBI na investigação. As autoridades visitaram uma loja de penhor onde as joias teriam sido vendidas e coletaram evidências que confirmaram a participação de Bolsonaro e de seus associados na tentativa de ocultar a origem e a posse dos itens.

A investigação também revelou que os envolvidos sabiam da ilegalidade das ações e que a venda das joias tinha como objetivo financiar a permanência no exterior. Além disso, outras frentes de investigação foram abertas, incluindo fraude no cartão de vacinas e um esquema de espionagem conduzido pela Abin durante o governo de Bolsonaro.

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