Sintomas incluem febre, dores musculares, dores e inchaço nas articulações, manchas vermelhas no corpo e náuseas

Redação I Thiago Alonso

O vírus Mayaro é transmitido por diferentes tipos de mosquitos, como o Haemagogus, por exemplo, sendo descoberto em 1954, na Amazônia. Originalmente restrito a áreas rurais, o vírus agora está se espalhando para outras regiões do Brasil, incluindo o Rio de Janeiro, conforme mostra uma pesquisa, que relatou que a doença está presente no RIo de Janeiro desde 2015.

A transmissão do Mayaro é semelhante à da febre amarela: um mosquito infectado pica um humano ou macaco, que se tornam hospedeiros, facilitando a disseminação. O Haemagogus, vetor principal, é encontrado em áreas arborizadas. No entanto, o Aedes aegypti e o pernilongo comum também podem transmitir o vírus, aumentando a preocupação com a disseminação urbana.

Ao Diário Tocantinense, Franciely Campos, professora de enfermagem da Estácio Fapan, assim como a dengue e a chikungunya, o Myaro é conhecido como arboviroses e tem como modo de transmissão a picada dos mosquitos infectados. 

"Os sintomas das arboviroses são semelhantes, os principais são febres, dores de cabeças e nos olhos, dor no corpo, náusea e diarreia, mas há diferenças entre as doenças", explicou a profissionou.

Os sintomas incluem febre, dores musculares, dores e inchaço nas articulações, manchas vermelhas no corpo e náuseas. Embora geralmente leves, podem ocorrer raras complicações graves, como problemas neurológicos e hemorragia.

O diagnóstico é complicado pela semelhança com febre amarela, dengue e chikungunya, necessitando exames laboratoriais específicos. O tratamento foca no controle dos sintomas, pois não há cura específica.

"Entre os fatores que contribuem com a disseminação do vírus Mayaro estão desmatamento, exploração ilegal dos recursos naturais, mudanças climáticas, aumento de temperaturas, chuvas irregulares, entrada do homem no ambiente natural do vetor transmissor. A dinâmica natural do mosquito tem sido modificada, essa situação poderá facilitar a introdução e o permanência do vírus Mayaro no ambiente urbano", apontou.

Em Tocantins e Goiás, não há casos confirmados de Mayaro, mas a vigilância é intensa, com monitoramento constante e ações de controle vetorial.

"Um estudo recente detectou casos na zona urbana de Roraima, em pessoas que não adentraram a floresta. Essa situação traz um alerta para a possibilidade de disseminação pelo país e levanta a hipótese de possível transmissão do vírus Mayaro por mosquitos urbanos", destacou.

 O Aedes aegypti, vetor da dengue e chikungunya, também pode transmitir o Mayaro, intensificando a necessidade de controle vetorial. A coexistência de múltiplas arboviroses dificulta o diagnóstico e sobrecarrega os sistemas de saúde.

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