Em entrevista ao DT, padre Kelmon fala sobre relação com Bolsonaro, avalia presidência de Lula e revela pretensão política

Nesta entrevista ping-pong, o ex-candidato à presidência da república, Kelmon Luis da Silva Souza, mais conhecido como Padre Kelmon revelou, com exclusividade, o que tem feito, como tem movimentado sua influência política, além de avaliar a atual gestão. Abaixo confira a entrevista na íntegra. 

DT: Pretende disputar a prefeitura de Salvador?

Ainda não tenho nada definido sobre disputar a prefeitura de Salvador, mas é fato que trabalho por renovação política em nossa cidade e em nosso Brasil, e por mais participação das pessoas na política.

DT: Como vê atualmente o cenário político do Brasil e da Bahia? Pretende continuar no partido que o lançou candidato a presidente, ou migrar para outra sigla? 

Vejo o atual cenário político da Bahia com muita preocupação, pois nosso estado já está sendo governado pelo mesmo Partido há mais de 16 anos consecutivos, e os resultados de quase duas décadas de gestão petista no estado é péssimo! Pentacampeão em desemprego, nosso estado sofre com uma crescente insegurança pública o que atrapalha até mesmo o nosso turismo, o nosso ensino médio vem sendo reprovado desde 2013 na avaliação oficial do MEC. São muitos os problemas, e o pior de tudo é que entra mandato e saí mandato do mesmo partido e esses problemas só pioram. Então avalio que já passou da hora da Bahia mudar politicamente suas escolhas. Sobre o atual cenário político em todo o Brasil vejo com esperança pois mais e mais pessoas estão se interessando por política e para entender melhor a política nacional o que eleva o debate democrático e trás novos nomes para fazer parte da construção política. 

Contínuo no PTB, sempre que posso converso sim com outros políticos de outras legendas, isso faz parte do processo democrático.
 

DT: Como avalia a gestão Lula e o que faria se estivesse no lugar dele?

Minha avaliação é a mesma da maioria do povo brasileiro, ele prometeu unir e reconstruir e o que está fazendo na prática é dividir, não apresentou até agora um plano de governo convincente, ataca com palavras o agronegócio, ataca os conservadores e foge totalmente do que prometeu. Muitas empresas saindo do país devido a alta nos impostos o que gera mais desemprego, é isso que está acontecendo, infelizmente. 

DT: Como avalia a gestão Lira e Pacheco?

Lira e Pacheco são pessoas diferentes, com gestões diferentes. Acho que os dois poderiam estar mais ao lado da população que quer um congresso e um senado mais independentes e com uma posição mais firme contra projetos que limitam a liberdade de expressão do povo, por exemplo. 

DT: Tem conversado com o ex-presidente Bolsonaro? 

Não tenho conversado com o presidente Jair Bolsonaro, ele tem as agendas dele, eu tenho buscado fazer minha parte por onde passo, e sou muito a favor da união da direita. 

DT: Se as eleições fossem hoje, com quem pensaria em formatar o seu palanque?

Não tenho pensando em eleição ainda, tenho buscado fazer um trabalho mais de conscientização política junto às pessoas. Isso é muito importante, se tivermos uma sociedade mais unida e mais esclarecida já é uma grande vitória.

DT: Em termos de nomes e com quem não teria vontade de formatar seu palanque e o porque na Bahia? 

Sobre isso ainda terei que fazer uma análise mais profunda caso eu venha sair pré candidato. O tempo vai dizer.

Considerações

Um grande abraço ao povo da minha amada Bahia, um povo trabalhador que acorda cedo e vai para luta e que precisa mudar um pouco o seu quadro de gestores públicos até para experimentar algo novo que tenha de fato compromisso com o desenvolvimento desta terra que tem um grande potencial. Meu projeto para Salvador sempre será focado no desenvolvimento das pessoas e da cidade, precisamos de mais liberdade econômica para a geração de empregos, precisamos investir de forma mais eficaz na segurança pública e no turismo de nossa linda cidade. Que Deus abençoe a todos!