Indivíduos são suspeitos de praticar associação criminosa e estelionato mediante fraude eletrônica

Rogério de Oliveira/Governo do Tocantins

A Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC - Palmas), concluiu na última segunda-feira, 26, mais um inquérito policial instaurado para apuração da recorrente prática fraudulenta  popularmente denominada “Golpe do Falso Parente”, cometida por meio do aplicativo de mensagens, e indiciou um total de oito indivíduos pelos crimes de associação criminosa e estelionato mediante fraude eletrônica contra pessoa idosa (ora na modalidade consumada, ora tentada). A alguns indiciados também foi atribuído o delito de lavagem de capitais.

Conforme explica o delegado titular da DRCC, Lucas Brito Santana, as investigações tiveram início em julho de 2021, ocasião em que o idoso foi contatado, via aplicativo de mensagem, pelo interlocutor criminoso que se passou por seu filho, induzindo-o ardilosamente, a transferir quantia para a conta indicada, a título de um suposto auxílio financeiro que logo lhe seria restituído, pretexto que se revelou fictício. 

O mesmo interlocutor ainda repetiu o engodo em mais três momentos, indicando contas de outros investigados, só não tendo novamente logrado êxito em razão da desconfiança posterior da vítima e outros problemas técnicos.

Com o aprofundamento das apurações e a realização de minucioso trabalho investigativo, revelou-se a existência de uma autêntica associação criminosa, a partir da qual indivíduos domiciliados nos estados do Tocantins e de Goiás se uniram visando à obtenção de múltiplas vantagens financeiras, mediante o cometimento de estelionatos em meio eletrônico e, consecutivamente, lavagem de capitais.

As investigações apontaram que, além do idoso, o grupo criminoso fez vítimas em outros estados, alimentando uma extensa rede de contas bancárias, visando à pulverização imediata das quantias ilicitamente angariadas, ao que empregaram uma série de artifícios para dissimulação/ocultação da origem destes ganhos, notadamente saques fracionados, transferências sequenciais, pagamentos de boletos e operações em máquinas de cartões.

As conclusões investigativas foram remetidas ao Poder Judiciário, com vistas ao Ministério Público Estadual para a adoção das medidas legais cabíveis. 

O delegado Lucas Santana faz um alerta a toda a população com o objetivo de evitar ser mais uma vítima do golpe do falso parente. “É muito importante que as pessoas, sobretudo as mais idosas, que representam o grupo mais vulnerável, se cerquem de todos os cuidados necessários antes de efetuar qualquer tipo de transferência eletrônica de dinheiro a pessoas que entrem em contato e se passem por parentes. Desse modo, a pessoa deve entrar em contato com o parente em questão e também sempre que possível pedir auxílio a alguém de confiança que esteja por perto, a fim de checar minuciosamente, se não se trata de um golpe”, disse a autoridade policial. 

 

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