Caso a instabilidade entre Rússia e Ucrânia não acabe, as moedas podem oscilar ainda mais.

Beatriz Costa

O Euro e o Dólar chegaram a ser negociados a uma taxa de quase 1 para 1, pela primeira vez em quase duas décadas, quando a moeda europeia ainda estava no berço. A inflação recorde foi anunciada nesta quarta-feira, 13, por volta das 10h (horário de Brasília), pelo  Departamento de Trabalho dos EUA, diante da perda de competitividade da divisa europeia, que já se desvalorizou em 15% neste ano . 

A desvalorização da moeda europeia frente à norte-americana vem sendo acentuada principalmente este mês. Segundo o professor de Economia da UFT, João Portelinha, o fator para a recente queda do Euro é a incerteza quanto à economia europeia, que depende do fornecimento de gás natural da Rússia.

“O gás Russo é fundamental para a matriz energética europeia. Então com a perspectiva de um choque energético na Europa, a probabilidade de uma recessão na zona do euro aumenta e acaba limitando as possibilidades para o banco central europeu, o BCE, que eleva os juros com uma forma de combater a inflação”, explica. 

Como consequência, Portelinha ainda explica que, até o panorama econômico melhorar, o euro vai continuar sob pressão. “Com a desvalorização da moeda europeia são necessários mais euros para comprar produtos importados em dólar, é o que se passa. Quanto mais a guerra entre Ucrânia e Rússia se estende, mais vai haver inflação na zona do Euro”, argumenta o especialista.

 

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