"Apesar do aumento, a oferta ainda não se torna abundante a ponto de vermos preços tão pressionados como temos observado ultimamente".

Da Redação

Os frigoríficos brasileiros têm trabalhado com parcimônia, influenciados sobretudo pelo enfraquecimento da demanda doméstica pela carne bovina, que tende a piorar a partir desta segunda quinzena de setembro, quando teoricamente o poder de compra da população perde força (devido ao maior distanciamento da data de pagamento dos salários, sempre no começo de cada mês).

Segundo o analista da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, apesar do abate ser relativamente maior este ano, o que poderia valorizar o poder de compra, ainda não é suficiente. “O abate deste ano está relativamente maior do que o do ano passado, mas mesmo assim se torna um abate baixo, comparado a outros anos. Apesar do aumento, a oferta ainda não se torna abundante, a ponto de vermos preços tão pressionados como temos observado ultimamente". 

Para ele, a expectativa para o preço da carne bovina, se o comportamento for semelhante ao último trimestre, deve subir.

Na análise de Jéssica Olivier, também analista de mercado, em outubro, o preço da arroba ainda não deverá apresentar movimento ascendente forte, pois ainda se tem boa oferta de bovinos provenientes de confinamento. Já para o mês de novembro e dezembro, os preços tendem a ser maiores, com oferta relativamente escassa para tal demanda.

“Contribui para esse movimento o fato de que no final de ano tem-se uma demanda maior por carne bovina no mercado doméstico, uma vez que o poder de compra do consumidor tende a melhorar, através de contratações temporárias e pagamento do décimo terceiro salário e bonificações”, explica Oliver.

Cenário mercado do Boi Gordo no Tocantins 

Nas praças paulistas as escalas de abate continuam confortáveis, assim, os preços ficaram estáveis no mercado spot na comparação feita com o último levantamento, na quarta-feira, 14.

A oferta confortável está associada à entrega de boiadas compradas anteriormente com preços maiores que os vigentes, principalmente para boiadas cujo destino é a exportação.

Em Araguaína (TO), o boi foi de R$ 270/@ para R$ 260/@. Em Gurupi (TO), a arroba recuou de R$ 275 para R$ 265.


 

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