Os mercados de reposição, milho e soja também têm sofrido quedas nos preços, e a perspectiva para os próximos meses é de viés de baixa

Da Redação

Em entrevista exclusiva ao Diário Tocantinense, o consultor da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, destacou que o mercado pecuário no Tocantins está passando por um momento de pressão baixista. De acordo com Fabbri, a tendência atual é de descarte de fêmeas, após dois anos de forte retenção entre 2020 e 2022.

"Com a virada da estação em abril, a capacidade de suporte das pastagens começa a perder fôlego em boa parte do Brasil, o que leva a um mercado pecuário de desova, onde os pecuaristas são obrigados a negociar a boiada para aliviar a capacidade reduzida de suas pastagens. Isso, aliado à capacidade de suporte reduzida das pastagens, deve manter as cotações do mercado do boi em queda pelo menos até o final de maio", explica o especialista.

Em relação à reposição, Fabrri destacou que o mercado tem sido semelhante, com viés de baixa, acompanhando a tendência do mercado do boi gordo. Ele esclareceu que há um estímulo total para a compra ou não de animais para reposição, dependendo do preço do boi gordo, e a perspectiva para esse mercado é pessimista.

"As cotações do mercado de reposição têm caído ao redor do Brasil nos últimos doze meses. O mercado de milho e soja também tem sofrido uma forte queda devido à supersafra que está chegando no Brasil e à falta de capacidade de armazenagem. Há uma pressão por liquidez por parte da ponta vendedora muito forte, o que tem levado os preços para baixo", explicou o consultor.

Além disso, Felipe Fabrri afirmou que o câmbio esteve operando abaixo ?R$ 5?,00 em boa parte do mês de abril e esse é um dos fatores formadores de preço com relação à soja no mercado brasileiro e os prêmios pagos nos portos, que tiveram um recuo muito forte em função da sobreoferta.  "Com uma maior oferta chegando no mercado, há pouco apetite pelo comprador internacional em pagar pela soja brasileira, o que tem colocado uma pressão de baixa muito forte nos preços. Em curto prazo, os mercados devem continuar trabalhando com viés de baixa" concluiu

 

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