Entre os pedidos de propina relatados estavam, segundo os prefeitos, depósitos de R$ 15 mil e pagamentos em ouro

Da Redação

O pedido de exoneração foi entregue nesta segunda-feira, 28, ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Milton Ribeiro, atual ministro da Educação pediu para deixar o cargo depois de vir à tona um suposto favorecimento de pastores na distribuição de verbas do ministério. Até o momento Ribeiro segue negando as acusações.

Entenda o caso

Na última segunda-feira, 21, a existência de um "gabinete paralelo" integrado por pastores que controlariam verbas e a agenda do Ministério da Educação foi revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Logo depois, o jornal  "Folha de S.Paulo" divulgou o áudio de uma reunião em que o ministro disse que, a pedido do presidente Bolsonaro, o repasse de verbas seguiria as indicações de dois pastores.

Após o vazamento do esquema, pelo menos três prefeitos confirmaram que, em algum momento, escutaram pedidos de propina em troca da liberação de verbas.

Apesar dos pastores citados não terem cargo no governo de Bolsonaro, seus acessos são diretos e até participam de reuniões com autoridades. No momento, a  principal linha de investigação parte do envolvimento dos pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da CGADB. Eles não têm cargo público no ministério, mas supostamente participavam das agendas de Milton Ribeiro com muita frequência.

De acordo com o documento da exoneração, Ribeiro se defende explicando que "jamais realizou um único ato de gestão na pasta que não fosse pautado pela correção, pela probidade e pelo compromisso com o erário" e que pediu para deixar o cargo para que "não paire nenhuma incerteza sobre a minha conduta e a do Governo Federal".

Fala Comunidade

@diariotocantinense
@diariotocantinense2
@dtocantinense2
@diariotocantinense
Comercial
Redação
Grupo no Whatspp