O adiantamento do relógio em 1 hora tinha o objetivo de aproveitar melhor a luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que era no horário entre 18h e 20h.

Da Redação

O horário de verão foi por muito tempo, motivo de debates nas rodas, e também dentro do governo. A medida foi extinta em 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas voltou a ser debatida este ano pelo atual governo. 

Preferências à parte, havia razões técnicas para que o governo determinasse a adoção da medida, que vigorou no país todos os anos de 2008 até 2019. Isso porque a implementação do horário de verão, era uma prática historicamente adotada com a premissa de promover a economia de energia nos meses de temperatura elevada. 

Volta ou não? 

Mesmo com a obtenção de economia nos períodos críticos do ano, tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o próprio ministro da pasta já falaram que, por enquanto, não há necessidade de adiantar os relógios neste ano, principalmente por causa das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo garante essa condição.

Para o ministro Alexandre Silveira, não há sinais de que será necessário adotar o horário de verão este ano, porque os reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de armazenamento de água dos últimos anos. "O horário de verão só acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinal nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos".

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país, estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.

Horário de verão

Historicamente, o horário de verão foi instituído no país pela primeira vez em 1931, momento em que o Brasil era governado por Getúlio Vargas. Ao passar dos anos, essa medida foi repetida. 

Mas só em 2008, um decreto fez com que o novo horário se tornasse permanente, sendo aplicado no terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. Medida que foi extinta em 2019, por decreto de Bolsonaro.

A medida não afetava todos os estados do Brasil. Apenas Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal implementaram a mudança de horário.

E a região norte? 

A explicação para a não adoção dos estados pertencentes às regiões Norte e Nordeste do país é associada à eficiência do horário nas regiões mais distantes da linha do Equador, ou seja, Sudeste, Centro-Oeste e Sul, visto que há uma maior diferença de luminosidade do dia entre as estações de verão e inverno.

Qual o objetivo?

O horário de verão tem por objetivo gerar economia no consumo de energia elétrica, que em anos anteriores, chegou a ser de 4% a 5%, em relação ao horário de pico. Então o adiantamento do relógio em 1 hora tinha o objetivo de aproveitar melhor a luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que era no horário entre 18h e 20h. 


 

 

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