Vítima foi resgatada após fugir no momento em que estava prestes a ser morta pela facção criminosa.

Da Redação

A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) concluiu nesta segunda-feira, 30, o inquérito que apurava a existência de uma facção criminosa que, entre outros crimes, teria promovido uma espécie de julgamento no  "Tribunal do Crime", em Paraíso do Tocantins.

Com o encerramento das investigações, que foram realizadas pela 6ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (6ª DEIC), sob o comando do delegado Antônio Onofre de Oliveira da Silva Filho, oito pessoas foram indiciadas pelo crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado por emboscada e mediante tortura. Outros nove indivíduos foram indiciados por integrar organização criminosa.

Segundo a autoridade policial, a primeira fase da Operação Tribunal foi deflagrada em 19 de dezembro, quando policiais civis da 6ª DEIC, com apoio da Diretoria de Combate ao Crime Organizado (DRACCO) e unidades da 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Paraíso, deram cumprimento a dez mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva  contra suspeitos de pertencer a essa facção criminosa. Na ocasião, a Polícia Civil conseguiu dar cumprimento a quatro mandados de prisão, sendo dois indivíduos presos em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, e um por tráfico de drogas.

Início das investigações

O delegado Antônio Onofre explica que as investigações tiveram início ainda no mês de setembro de 2022, logo após a 6ª DEIC tomar conhecimento de que um homem teria conseguido escapar de um Tribunal do Crime, no qual estaria sendo julgado por suspeita de pertencer a uma facção rival. "Na oportunidade, a vítima, após ser atraída por uma mulher, foi submetido a uma espécie de julgamento, no qual  os indivíduos se reuniram para deliberar sobre a sentença de morte, também denominada "decreto", que seria aplicada à vítima por suspeitarem de ser integrante de facção rival. Após ser torturado e sofrer diversas lesões pelo corpo, tentou fugir, sendo alvejado por disparos de arma de fogo. O homem ainda conseguiu escapar e esconder-se. Após ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, passou mais de um mês internado", disse o delegado.

Indiciamentos

Após reunir robustos indícios de autoria do crime, a Polícia Civil finalizou as investigações e indiciou os envolvidos. "Com a conclusão do inquérito, a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 6ª DEIC de Paraíso, promove a repressão criminal em relação às ações delituosas praticadas pela organização criminosa", ressaltou a autoridade policial.

O inquérito foi remetido ao Ministério Público Estadual (MPE) e investigados seguem à disposição do Poder Judiciário da Comarca de Paraíso do Tocantins.

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