A médica falou sobre os desafios que a pandemia da Covid-19 trouxe no tratamento oncológico

Da Redação

O tratamento oncológico é de extrema importância. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) existem atualmente 317 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer no Brasil. Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital habilitado em oncologia, onde o paciente de câncer encontrará desde um exame até cirurgias mais complexas.

Para melhor entender essa área, o Diário Tocantinense entrevistou Mariana Felipe, médica desde 2016 e que, embora tenha pouco tempo de formação acadêmica, possui uma vasta experiência profissional. 

Sobre Mariana Felipe

A médica Mariana Felipe é natural de Colinas Tocantins, formada em Medicina no município de Araguaína em 2016. A profissional já trabalhou em Colinas do Tocantins como médica clínica geral, e em seguida, seguiu para o Estado de São Paulo, objetivando fazer residência médica. No Estado, fez ginecologia e obstetrícia, no Hospital Municipal do Tatuapé, na capital. Atualmente é residente em Mastologia no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer.

Experiência profissional

“Eu trabalhei um ano em Colinas em posto de saúde e no hospital Municipal da cidade. Foi uma grande experiência pois tive contato com todas as áreas médicas. Atendia crianças, idosos, pacientes vítimas de traumas no hospital, gestantes...Essa experiência me ajudou a escolher minha área de formação. Comecei a perceber que tinha mais afinidade em atender pacientes do público feminino e pela área cirúrgica que sempre gostei muito. Assim optei por prestar a residência de Ginecologia e Obstetrícia! Hoje já estou especializada nessa área, trabalho em plantões e em ambulatório, e amo o que faço! Porém ainda concilio esse trabalho com a residência de Mastologia”, explica Mariana.

Escolha da especialidade

“Quando eu estava no internato na faculdade, que a gente entra dois anos antes de formar, minha avó materna foi diagnosticada com câncer de mama, e depois de um tempo descobrimos que já tinha doença no pulmão. Foi um baque pra toda a família, pois ela era uma mulher forte e muito saudável! Tive que aprender mais sobre câncer que ainda é uma área nova na medicina e também a entender como é ficar do outro lado, que é o lado dos familiares e do paciente. Então assim eu comecei me interessar mais por essa área da Oncologia”.

Pandemia X tratamento

A médica falou sobre os desafios que a pandemia da Covid-19 trouxe no tratamento oncológico. 

“Devido minha especialidade lidar com pacientes que em geral são do grupo de risco, por exemplo: pacientes em quimioterapia, radioterapia ou mesmo as gestantes, eu não posso prestar atendimento em pacientes com Covid. Sempre tenho que redirecionar esses pacientes para outras clínicas. Para evitar o risco de transmissão.”

“Com certeza teve uma grande diminuição na realização de mamografias, por exemplo, o que, inevitavelmente, gerou danos. Já podemos perceber isso na prática. Estamos pegando casos com atraso no diagnóstico de câncer de mama, devido à não realização de mamografia no ano de 2020. Muitas pacientes relataram que procuravam as UBS e não conseguiam realizar pois estavam atendendo somente Covid. Outras relatam que não iam para a Unidade Básica realizar os exames de rastreamento por medo mesmo. Então esse problema tem várias vertentes.”

Curiosidade: Câncer de mama em homens?

“Os homens podem sim ter câncer de mama, porém é mais raro. Assim homens não precisam realizar exames de rastreio. Porém se notarem aumento nas mamas ou nódulos devem procurar imediatamente um médico”, orientou Mariana.

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