Durante os dez dias de operação, quatro suspeitos morreram em confronto com a polícia.

Da Redação

O grupo criminoso que tentou assaltar a transportadora de valores em Confresa (MT) esperava fazer um roubo de até R$ 60 milhões. O bando está sendo perseguido por uma força-tarefa com 350 policiais de cinco estados, no interior do Tocantins, há dez dias. Até esta quarta-feira, 19, seis suspeitos morreram e um foi preso.

Abaixo confira a cronologia da operação:


Ataque em Confresa - domingo, 09 de abril

No dia 09 deste mês, um grupo de criminosos armados com fuzis invadiu o quartel da Polícia Militar em Confresa, rendeu policiais dentro da base militar e ateou fogo no prédio.

Durante a invasão, eles explodiram um carro. Telhados de residência, além de uma igreja, ficaram destruídos por causa dos explosivos.

Os criminosos seguiram para a sede da Brinks, empresa de transporte de valores, onde também explodiram as paredes do prédio. Segundo a empresa, nada foi levado.

O bando espalhou alguns explosivos pela cidade, mas foram desativados. Alguns veículos usados durante a invasão também foram encontrados abandonados em áreas indígenas.

Durante a ação, uma pessoa foi baleada, mas está fora de perigo.

O governador de MT, Mauro Mendes, chegou a pedir apoio da PM de outros estados para ajudar na operação de busca pela quadrilha.

Fulga 

Em fuga, o grupo entrou no estado do Tocantins pelo rio. Segundo a polícia, havia embarcações já preparadas para a fuga. Eles percorreram o rio Araguaia e o rio Javaés, até chegarem ao município de Pium, região da Ilha do Bananal.

O grupo desembarcou perto do Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e afundou embarcações para não deixar rastros.

Na tarde de segunda, policiais da Patrulha Rural, que faziam ronda pelo município de Pium, se depararam com o grupo criminoso e trocaram tiros. Esse foi o primeiro confronto. Os suspeitos estavam fortemente armados e se dividiram em dois grupos. Os policiais tiveram que recuar após a munição acabar.

Reféns

Um dos grupos foi até a fazenda Agrojan e fez uma família refém. Além disso, roubou veículos da propriedade rural. Ao perceberem a chegada da polícia, eles liberaram a família e fugiram.

A Polícia montou uma base na fazenda Agrojan. O trabalho tem o apoio de aeronaves e embarcações.

Perseguição

Durante a noite, as equipes policiais tiveram o terceiro confronto com os criminosos, por volta das 19h. Um dos suspeitos foi atingido e morreu no local, outro, Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, foi preso. 

Com ele a polícia apreendeu metralhadoras capazes de abater um helicóptero; um fuzil 762; milhares de munições; capacetes e coletes balísticos, além de um motor de popa e gasolina.

Terceiro dia de operação 

No terceiro dia de perseguição aos criminosos, a PM do Tocantins recebeu reforços de Minas Gerais. Com isso, quatro estados estão envolvidos nas buscas.

Um segundo integrante do grupo criminoso morreu após confronto com a polícia, na zona rural de Marianópolis do Tocantins, próximo do povoado Cocalim. Essa região está dentro do perímetro estabelecido pela polícia. O suspeito foi identificado como Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos.

Mais de 10 dias de operação 

Nesta quarta, 19, a polícia confirmou que um novo confronto aconteceu no fim da tarde, por volta de 16:30h, próximo ao assentamento rural Toledo, em Pium. 

Até o momento não há informações sobre o número de feridos ou mortos neste último confronto. Investigações apontam que ao menos 13 assaltantes continuam foragidos. As buscas continuam com cerco das polícias montadas na região, a fim de capturar os suspeitos.

Apreensão no decorrer da operação

Desde o início da operação, que conta com mais de 350 policiais do Tocantins, Mato Grosso, Pará, Goiás e Minas Gerais, foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas, por serem utilizados em guerra. Todo o material foi entregue às polícias de Mato Grosso, onde o grupo começou a ação criminosa.

Impacto da operação

Após o início da operação, a Polícia Militar estabeleceu um bloqueio e pediu que a população evite transitar na TO-080 e estradas vicinais em um raio de 50 km em torno de Paraíso do Tocantins. É nessa área em que estão concentradas as buscas.

No fim de semana o governador Wanderlei Barbosa (Repúblicanos) afirmou que o grupo criminoso tem prejudicado colheitas na região devido à insegurança e o risco de novas ações criminosas.

Aulas

Por conta do curso da operação próximo de Marianópolis, o prefeito do município, Isaías Piagem (DEM), publicou um decreto suspendendo as aulas, o atendimento médico e transporte de moradores da zona rural. 

Com informações da Secrétaria de Segurança Pública do TO e G1 TO. 

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