Investigações sobre suposto desvio de recursos no Tocantins envolvem o governador Wanderlei Barbosa e sua família

Redação I Giovana Cecília

Na última quarta-feira, 21, o senador Eduardo Gomes (PL-TO) se manifestou em defesa do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, após a operação da Polícia Federal, Fames-19, que investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos na compra de cestas básicas durante a pandemia. Em pronunciamento registrado pela Agência Senado, Eduardo afirmou que espera uma condução séria das apurações e reiterou seu apoio ao governador, destacando sua contribuição significativa para a economia do estado.

Eduardo Gomes ressaltou que, apesar das investigações, Barbosa tem respondido "com serenidade e cooperação". Ele enfatizou a importância de manter a estabilidade política para o progresso econômico e social do Tocantins, e que disputas políticas não devem prejudicar os investimentos e a competitividade do estado.

A senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) também se manifestou sobre a operação. Em pronunciamento no Plenário, Dorinha pediu uma análise cuidadosa das investigações, observando que, durante o período investigado, Wanderlei Barbosa ainda não era governador. Ela criticou informações "inverídicas ou incompletas" e elogiou o trabalho do governo, destacando melhorias nas estradas, reformas de escolas e avanços nos direitos dos servidores públicos.

A Operação Fames-19, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), resultou na apreensão de R$ 67,7 mil em espécie. A Polícia Federal encontrou R$ 35,5 mil, 80 euros e US$ 1,1 mil na residência do governador e R$ 32,2 mil em seu gabinete. As investigações apuram possíveis desvios de recursos destinados ao fornecimento de cestas básicas entre 2020 e 2021. A PF afirma que as empresas contratadas receberam o valor total dos contratos, mas entregaram apenas parte do serviço.

A operação também envolveu a primeira-dama Karynne Sotero e os filhos do governador, Léo Barbosa e Rérison Castro. Sotero expressou surpresa com o mandado de busca e apreensão e destacou que não era a primeira-dama na época dos fatos investigados. Léo e Rérison prestaram esclarecimentos e manifestaram confiança na Justiça, com Léo mencionando um consórcio informal e Rérison negando envolvimento com a aquisição ou distribuição de cestas básicas.

De acordo com o G1, a investigação sugere que o governador pode ter participado do "núcleo político" do esquema. O governo do Tocantins reforçou seu compromisso com a transparência e está colaborando plenamente com a Polícia Federal.

Desdobramentos sobre investigados e apoios

Apesar de mencionado entre os investigados, o advogado Christian Zini Amorim, ex-secretário dos governos Carlos Amastha, não teve medidas autorizadas contra ele. O ministro Campbell concluiu que "os indícios iniciais reunidos em seu desfavor não foram confirmados".

Entre os políticos que manifestaram apoio a Wanderlei Barbosa estão o deputado estadual Gutierres Torquato (PDT), cuja esposa é sobrinha do vice-governador Laurez Moreira (PDT). Em postagem no Instagram, Gutierres expressou solidariedade ao governador. O ex-secretário Elenil da Penha (Progressistas), também elogiou Barbosa, destacando seu tratamento republicano e atenção com a legalidade dos contratos.

O candidato a prefeito de Palmas pelo PSDB, Júnior Geo, reafirmou seu compromisso com o combate à corrupção, apesar de críticas sobre seu silêncio durante investigações anteriores. A campanha do candidato a prefeito de Gurupi pelo PSD, Eduardo Fortes, respondeu a críticas sobre seus programas sociais, ressaltando a importância da segurança alimentar e infraestrutura urbana.

Wanderlei Barbosa, reeleito governador em 2022 e ex-vice-governador, afirmou que recebeu a operação com surpresa e tranquilidade. Ele destacou que, na época dos fatos, era apenas vice-governador e não tinha responsabilidades sobre as despesas relacionadas ao programa de cestas básicas. O governo estadual reiterou seu compromisso com a apuração dos fatos e colaboração com as investigações.

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