O cenário é reflexo da queda da produtividade devido aos problemas climáticos, reflexos do El Niño e envelhecimento das lavouras.
- Redação
Faltando apenas treze dias para a Páscoa, os principais supermercados dos municípios tocantinenses já enfeitaram os corredores com os ovos de chocolate, tradicionais neste período. Mas, quem quer comprar o produto, vai pagar mais caro este ano
Alta nos preços
A alta nos preços, segundo a recente pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que a Páscoa deste ano terá uma inflação, em relação ao ano anterior, de 5,2%. O comparativo, é superior à inflação oficial acumulada no país em 12 meses, de 4,5%.
O cenário é reflexo da queda da produtividade devido aos problemas climáticos, reflexos do El Niño e envelhecimento das lavouras, conforme estudo realizado pela Horus, empresa de inteligência de mercado.
Para os amantes de chocolate, a aquisição dos ovos de páscoa será garantida a depender das promoções que devem ser ofertadas pelos estabelecimentos. “A gente já pode ver os preços subirem. Aqui em casa, somos mais adeptos as barras, que convenhamos - são mais baratas e em gramatura, vem mais, mas já percebemos que os preços de alguns chocolates, por exemplo, aumentaram bastante. Então a ideia é esperar o dia da páscoa passar e então comprar as barras e ovos para presente”, afirma Lúcia Helena Oliveira, 47 anos.
Projeção
Mesmo com a opção de comprar após o período de páscoa, para economizar, como no caso da dona Lúcia, as projeções do comércio brasileiro neste período são de um faturamento total de R$ 3,44 bilhões em vendas. Os dados da CNC, representam um crescimento de 4,5% na comparação com o ano passado, já descontada a inflação. A estimativa foi divulgada na última semana e abrange itens característicos como chocolate, bacalhau e vinhos.
“A data é representativa, então, mesmo com a alta nos preços, pesquisando bastante a gente consegue comprar algo para os familiares”, aponta Márcia Costa, 46, servidora pública.
O período de Páscoa é o período mais relevante para o comércio. Se confirmada a expectativa da CNC, esse será o quarto ano seguido de alta nas vendas.
