A intenção não é inibir os efeitos nocivos do consumo de álcool a longo prazo, mas somente prevenir a ressaca
Esta semana foi colocada à venda no Reino Unido, um suplemento alimentar que ficou conhecido como “a pílula antiressaca”. O probiótico promete decompor até 70% do álcool em uma hora.
Segundo a fabricante a empresa farmacêutica De Faire Medical e pelo Instituto de Ciência e Saúde Pfützner, da Alemanha, o probiótico tem em sua composição as bactérias Bacillus Coagulans e Bacillus Subtilis, o aminoácido L-Cisteína e a vitamina B12 e o remédio decompõe o álcool no intestino antes de chegar ao fígado. Para que tenha efeito o probiótico deve ser ingerido duas unidades, com antecedência de no mínimo uma hora e, no máximo, doze horas antes de começar a beber.
Como funciona?
Na prática, a pílula promete reter apenas uma parte do álcool, já a outra que entra na corrente sanguínea, tem menos efeitos ocasionados por bebidas alcoólicas, como a sensação de relaxamento e de euforia. A intenção não é inibir os efeitos nocivos do consumo de álcool a longo prazo, mas somente prevenir a ressaca.
Tem algum estudo sobre?
A invenção é amparada por um único estudo feito com a participação de 24 jovens adultos. Eles ingeriram durante uma semana duas pílulas de Myrkl ou placebo todos os dias, antes de ingerir pequena quantidade de álcool, que variou entre 50ml e 90ml. Os níveis de álcool eram monitorados nas duas horas seguintes.
O resultado do estudo publicados na revista científica Nutrition and Metabolic Insights, mostrou que na primeira horas, após a ingestão do probiótico e dos álcool, a quantidade de álcool no sangue diminuiu em 70%, comparado aos jovens que ingeriram álcool, mas não fizeram o uso do probiótico.
Comercialização
Apesar do estudo ser amparado em apenas 14 dos 24 participantes, a comercialização do probiótico já iniciou e virou “febre” no Reino Unido. Por lá a venda se esgotou nas primeiras 24h. O medicamento, chamado de Myrkl, é vendido por aproximadamente R$165,00 somente no site da empresa.
Tem previsão para chegar no Brasil?
Por se tratar de um estudo escasso e, por enquanto, não ser aprovado pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (Mhra), do Reino Unido, o medicamento se limita somente ao País de Origem.