Os criminosos se passavam por parentes ou instituições financeiras e aplicavam o golpe pelo WhatsApp.

Da Redação

A Polícia Civil do Estado do Tocantins (PC-TO), por intermédio da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC Palmas), deflagrou nesta quinta-feira, 15, nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia, ambas em Goiás, a segunda fase da Operação “Male Habitu” – expressão latina alusiva a “mal disfarçado” –, cujo objetivo é a repressão às fraudes eletrônicas cometidas por meio do aplicativo WhatsApp.

Com a deflagração da nova etapa da Operação “Male Habitu” foram cumpridos cinco mandados de busca domiciliar, sendo quatro em Goiânia e um em Aparecida de Goiânia, ao que diversos investigados estão sendo ouvidos em sede policial.

Ao longo das ações policiais, foram apreendidos computadores, HDs, aparelhos celulares, chips telefônicos, cartões de bancos digitais, máquinas de passar cartão, além de outros dispositivos adquiridos com os valores ilícitos, tais como televisor e aparelho de som. 

Desdobramentos

A referida Operação é desdobramento de duas investigações, que tiveram início no ano de 2021, ocasiões em que as vítimas foram contatadas via WhatsApp por interlocutores criminosos, os quais se passavam por parente em uma das situações e por representante de instituição financeira. “As vítimas eram induzidas, ardilosamente, a transferirem quantias para as contas indicadas, que correspondiam, respectivamente, a um empréstimo e a um pagamento de seguro bancário, ambos pretextos fictícios. Ao receberem os valores ilícitos, estes foram pulverizados em diversas transações para outras contas, de modo que fossem dissimuladas suas origens”, explicou o delegado-chefe da DRCC Palmas, Lucas Brito Santana.

Ainda de acordo com o delegado Lucas Santana, os indivíduos alvos da aludida operação são investigados por estelionato mediante fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e associação criminosa, sendo que as apurações prosseguirão, sobretudo, para análise dos dados contidos nas mídias eletrônicas apreendidas.

O delegado Afonso Lyra, titular da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO TO), destacou a complexidade desse tipo de investigação. “A Polícia Civil vem atuando incansavelmente, principalmente através da  DRCC, no enfrentamento aos crimes praticados no meio virtual, cada vez mais frequentes e que geram tantos transtornos às vítimas. São investigações complexas, com envolvidos espalhados em outros estados da federação. Neste ponto, temos que destacar o apoio irrestrito prestado pela PC/GO, apoio este fundamental para o sucesso da operação”, destacou.

Recomendações

A Polícia Civil do Tocantins recomenda à população, enquanto mecanismo de prevenção contra essa tão recorrente prática criminosa, a adoção de um olhar sempre cuidadoso diante de mensagens com solicitação de dinheiro/valores, ainda que aparentemente oriundas de um parente, amigo ou representante de instituição financeira, tomando a importante cautela de, antes de realizar qualquer transferência, ligar ou tratar pessoalmente com esses contatos, a depender do caso, a fim de confirmar tais pedidos.

Além da DRCC Palmas e da DRACCO TO, a operação contou com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos de Goiás (DERCC/GO).


 

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